António Moniz de Palme (Ed. 733)

MALTA Aventuras e Desventuras

Edição 733 (08/02/2018)

MALTA Aventuras e Desventuras

Quando indevidamente cada um puxa a brasa ao seu clã nacional

• Textos de António Moniz Palme – 2017
• Todas as aguarelas que ilustram os artigos da Ordem de Malta são da autoria de António Moniz de Palme

Direi melhor: – quando cada nacionalidade puxa a brasa à sua sardinha!!!. Na verdade, ultimamente a Ordem de Malta viu-se a braços com graves problemas internos, tendo sido objecto de críticas pela imprensa, críticas nem sempre justas e que foram motivadas, por banais disputas intestinas (talvez entre ingleses e alemães), que não deviam ter ultrapassado as fronteiras da Ordem…! Se não é assim, parece…!

No calor das disputas, o conflito acabou por chegar às mãos do Papa Francisco.

Mas tentemos dar uma panorâmica superficial sobre as causas do actual problema, desdramatizando uma situação municiada, pelo que me foi dado perceber, por rivalidades nacionais que seria suposto não existirem dentro de uma Ordem quase milenar, cujos elementos são e sempre foram de diferentes nacionalidade e que obedecem a uma Regra, em que a autonomia em relação aos interesses de cada país é claramente marcada, como já tive ocasião de referir.

Antes de mais, devo esclarecer que não faço parte da Ordem de Malta e que a minha opinião é o mais independente possível, fazendo apenas um diagnóstico objectivo aos dados concretos que me vieram à mão, nas minhas investigações.

O Grande Chanceler, Albrecht Freiherr von Boeslager, de nacionalidade alemã, foi destituído deste seu cargo sob pretexto de, enquanto responsável pela Agência Humanitária da Ordem (Malteser Internacional), ter ocultado do respectivo Grão Mestre, o inglês Fra´ Matthew Festinsgs, o envio para Myanmar (antiga Birmânia) de algumas remessas de preservativos, atendendo à proliferação vertiginosa da Sida, verificada nas respectivas populações, contaminadas na sua inocência por elementos de comunidades mais avançadas economicamente, mas não mais civilizadas, é bom que se diga..!. Com base na posição da Igreja nesta matéria, nomeadamente da Encíclica “Humanae Vitae”, foi tal caso o pretexto visível para a deposição do Grande Chanceler Alemão. Acontece que o Grão Mestre Inglês, Fra´.Matthew Festings, que afastou o alemão do cargo de Grande Chanceler, foi contestado pela sua decisão, criando uma situação de instabilidade, logo aproveitada pela comunicação social. Entretanto, dentro do que foi possível perceber, foi pedida a intervenção da Igreja, pelo Grande Chanceler Alemão, deposto pelo Inglês, pretendendo com essa atitude defender a legitimidade do seu comportamento. Por outro lado, o Cardeal Burke, a ligação entre o Vaticano e a Ordem, apesar deter corroborado a posição do Grão Mestre Inglês, viu-se obrigado a levar o problema ao conhecimento do Papa, o qual, não obstante as graves questões que tem que enfrentar e que afectam a Cristandade, foi onerado com uma questiúncula talvez mesquinha, hiperbolizada pelo responsável Inglês, como desculpa para a demissão do Grande Chanceler Alemão. Sua Santidade, perante esta conjuntura, teria desabafado que o melhor, seria o alto Dignitário Inglês, responsável por todo este imbróglio, pedir a sua demissão, o que veio de facto a suceder!!!

Neste momento, o cargo de Grão Mestre está vago, sendo as funções essenciais exercidas por um Lugar Tenente, Fra´ Ludwig Hoffman von Rumerstein, de nacionalidade austríaca. O Grande Chanceler Alemão demitido, foi entretanto reconduzido no seu cargo…!

E, como de costume, esta tempestade num copo de água serviu para a imprensa não católica atacar a própria Igreja e uma Ordem com mais de mil anos, que serviu significativamente a civilização cristã e que não pode andar metida em manobras de baixa política. Enfim, uma respeitável Ordem que esperamos continue a sua vida, sem sobressaltos, independentemente das críticas demagógicas que lhe foram feitas. Ou, como diz a nossa sábia gente, “que os cães ladrem, mas a caravana passe”!

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