DESPORTO
Edição 848 (27/04/2022)
União Desportiva Sampedrense é Campeão do Campeonato Distrital Sub-22
O União Desportiva Sampedrense é o grande vencedor do Campeonato Distrital Sub-22, em Futebol. Com o final do campeonato, no passado sábado, dia 22 de abril, o União Desportiva Sampedrense, sagrou-se campeão com 19 pontos, em 10 jornadas.
A Associação de Futebol de Viseu parabenizou o União Desportiva Sampedrense pela conquista do Campeonato Distrital Sub-22.
Contactamos o Presidente do clube, Isaías Soares, para nos fazer um resumo desta equipa vencedora: “tendo havido alterações dos escalões de formação pela AFV (Associação de Futebol de Viseu ) para a corrente época e tendo sido criado o escalão de Sub 22, decidiu a UDS (União Desportiva Sampedrense), seguindo aquilo que tem sido a política de aposta na formação desde há 3 anos, investir neste escalão, até porque poderia e deveria funcionar como apoio à nossa equipa sénior, também ela com alguns atletas cujas idades permitem que joguem em ambos os escalões, o que se veio a verificar. Houve alguma dúvida no início, dado que é um escalão em que muitos dos jovens são universitários, o que os impede de treinar regularmente, mas decidimos avançar e em boa hora, dado que os resultados estão à vista. Houve um momento marcante na vida deste grupo de trabalho, com a perda trágica e inesperada de um dos nossos atletas mais queridos… O nosso ROBERTO MACEDO, a quem numa homenagem sentida, a equipa prometeu lutar e dedicar-lhe cada ponto conquistado. As coisas foram acontecendo e num final de época “impróprio para cardíacos” os nossos sub 22 sagraram-se campeões distritais. Esta equipa comandada pelos técnicos Ricardo Rodrigues (Polaco) e João Norberto, teve o apoio sempre próximo dos diretores Rita Teixeira, Fábio Martins e Tiago Almeida e do coordenador Fábio Mendes, sendo que também os diretores Bruno Marques e Carlos Cacheta estiveram atentos como aliás fazem para todos os escalões de formação. No próximo Domingo terão o merecido reconhecimento do Município, com receção nos paços do concelho.”
Ao clube e à equipa vencedora parabenizamos pelo feito alcançado!
Edição 846 (30/03/2022)
Associação Grupo de Ginástica de Vouzela
Menção OURO em mais uma edição do Gym For Life Regional 2023
No passado dia 18 de março, decorreu, em Vila Real, mais uma edição do Gym For Life Regional 2023, organizado pela Associação de Ginástica do Douro e Dão (AGD2) e pelo Município de Vila Real. A Associação Grupo de Ginástica de Vouzela marcou presença.
O Gym for Life Regional é um evento de Ginástica para Todos, que constitui um concurso em que os grupos participantes apresentam os seus trabalhos com a duração máxima de 5 minutos, sendo observados e avaliados por um grupo de personalidades convidadas.
As apresentações foram observadas / avaliadas segundo os seguintes critérios:
– Entretenimento;
– Impressão geral;
– Inovação, originalidade e variedade;
– Técnica (qualidade e segurança).
Todos os grupos foram classificados em três menções: Ouro, Prata ou Bronze.
Questionado Duke Oliveira, Presidente da Direção, Coordenador Técnico e Treinador na Associação Grupo de Ginástica de Vouzela sobre a prestação do grupo, afirmou: “A Associação Grupo de Ginástica de Vouzela esteve com a Classe de Representação, que participou neste concurso com dois trabalhos “Queen” e “O Rapaz do Pijama às Riscas”. A ambos os trabalhos foi atribuída a menção OURO! Foi a estreia do trabalho “O Rapaz do Pijama às Riscas”, um desafio lançado pela Federação de Ginástica de Portugal para recriar esta rotina, realizada pela primeira vez em 2017, com o objetivo de a apresentar na Gala de Portugal da 17.ª Gymnaestrada Mundial, que decorrerá em Amesterdão, Holanda, em julho e agosto de 2023. É um trabalho que mexe com as emoções de todos. Numa altura em que a paz está tão abalada, é importante lembrar para que a história não se repita!”
Ainda referente àquela tarde, Duke Oliveira, acrescentou que “a Classe ainda voltou ao praticável para mais uma apresentação, pois com o objetivo de realizar um tributo ao Professor Fan Yanneng, a Associação de Ginástica do Douro e Dão convidou-nos a apresentar o Bloco “Histórias da Minha Vida”, encerrando, assim, este evento.”
A próxima etapa será o Gym For Life Nacional, que decorrerá no Seixal, nos dias 22, 23 e 25 de abril.
Desejamos as maiores felicidades desportivas a este grupo que tanto tem levado o bom nome da região de Lafões pelo país e europa fora.
Edição 840 (29/12/2022)
“É sempre assim, não liguem. É futebol e é o habitual”
• Vítor Santos*
Fim de semana, 11 horas num campo do meu país. Duas jovens equipas, não mais de 12 ou 13 anos, e uma dupla de árbitros (uma das quais do sexo feminino), também muito jovens, não mais de 17 ou 18 anos.
Nos bancos, treinadores, diretores e outros atletas vibram com o jogo e anseiam por participar nele dentro do campo. Na bancada, os adeptos, principalmente pais, mães, irmãos e alguns curiosos, já demonstram um nervosismo injustificável. Na saída do balneário e no corredor de acesso ao campo, dois polícias e dois homens com coletes refletores asseguram a ordem. Dizem-nos que são ARD (assistentes de recinto desportivo).
Todos os fins de semana, este ritual repete-se com várias equipas. O ambiente não difere muito em função das equipas participantes. É um momento agradável e de boa disposição que se vive nestes jogos de jovens. Não fosse a presença obrigatória da polícia e dos ARD e tudo nos transportava para um espetáculo desportivo e lúdico que vamos querer ver e rever.
Tomamos conhecimento de que a presença policial é obrigatória porque no jogo anterior o ambiente implodiu e até o próprio presidente do clube atentou verbalmente contra a jovem equipa de arbitragem e os adversários porque a sua equipa perdeu.
A presença policial implica despesa para o clube e é um reconhecimento da necessidade de se garantir a segurança de todos os presentes num jogo de futebol de crianças num fim de semana que devia ser libertador para estas. E se o público é constituído maioritariamente por familiares dos atletas, só podemos concluir que a presença policial e de ARD é para a garantir a segurança face aos pais, os tios, os irmãos ou primos dos atletas.
Algo aconteceu para que estas medidas fossem tomadas.
Ainda em relação ao jogo anterior, a derrota fez com que o treinador fosse despedido e outro entrasse no seu lugar. Ficamos sem entender nada. Primeiro, a culpa foi da arbitragem, depois dos adversários e afinal foi do treinador?! Incoerência!!! Parece-nos que quem tem as maiores responsabilidades é que não sabe o que é desporto e muito menos formação.
Em Portugal, temos estes comportamentos da idade da pedra. A avaliação do trabalho é feita pelos resultados que se obtêm nos jogos, independentemente do escalão etário. O processo é irrelevante. São os resultados que medem o sucesso e as competências dos treinadores, dirigentes e atletas.
Início do jogo, os primeiros toques na bola, o árbitro assinala falta e … começa o triste e deplorável espetáculo nas bancadas. É ver adultos (ou, melhor dizendo, indigentes mentais) com uma diarreia verbal para com a equipa de arbitragem e para com todos os outros intervenientes de seguida, treinadores, adversários (atletas e familiares). Chegam ao cúmulo de atingirem os colegas do próprio filho!
Algo continua a acontecer. O comportamento dos adultos, os incentivadores da prática desportiva destas crianças, ultrapassa todos os limites toleráveis.
Não aceitamos estes comportamentos e questionamos os motivos da situação. A resposta é irreal: “É sempre assim, não liguem. É futebol e é o habitual”. NÃO! Não é futebol e não aceitamos que seja assim. Estes adultos silenciosos são facilitadores. É repugnante. Trata‑se de crianças e jovens e mesmo que assim não fosse…
No desporto e na formação desportiva, não há lugar para estes comportamentos. Na formação, ganhar é mais uma consequência do que o objetivo. As crianças não são mini-adultos.
Para as crianças e jovens, a prática desportiva tem diversos fatores motivacionais. A diversão, as amizades, o companheirismo, as deslocações e a sua evolução técnica. Ganhar é complementar. Ao contrário dos pais, que só dão importância a se o seu filho joga e aos resultados dos jogos. Esta obsessão é um dos principais fatores que leva ao abandono da prática desportiva dos jovens, por volta dos 15, 16 anos.
As crianças começam muito cedo a prática desportiva e as expetativas aos 10, 11 anos estão no auge. A enorme maioria começa aqui a sentir frustração e continua a assistir às discussões entre os pais, às advertências das forças policiais e a sofrer a pressão de dirigentes e treinadores, que querem mostrar resultados. São estas razões, entre outras, que levam ao abandono da prática desportiva. A paixão e a diversão do jogo acabam-se.
A crítica constante sobre o desempenho individual e coletivo é saturante e leva o jovem a optar por outras solicitações, como sair à noite ao fim de semana como os amigos, jogar computador, etc. Os adultos destroem o sonho de qualquer criança.
A responsabilidade é dos adultos, independente das funções que exercem no desporto, e como o seu comportamento não é exemplo a seguir, só podem queixar-se de si próprios. Estes adultos não só levam ao abandono dos próprios filhos, como também dos filhos dos outros!
O que muitos destes agentes desportivos transportam para o futebol é a vitimização que encobre as suas frustrações pelo caminho que escolheram. Pois que não sirva o futebol de formação de tapa-remendos dessas frustrações. Que não sirvam os jovens de bodes expiatórios de culpas pelas quais não são responsáveis.
Este tipo de intervenientes não tem lugar em desporto nenhum, e muito menos no futebol de formação. Por isso, ou acordam e reconhecem a triste figura que andam a fazer, ou então … desamparem-nos a loja!
*Embaixador do Plano Nacional de Ética no Desporto
Edição 839 (15/12/2022)
Uma nova equipa, um império de jiu-jitsu
• Paula Jorge
Nasceu uma nova equipa profissional de jiu-jitsu, na Beira Alta, em Viseu. A “Imperium 22 ®️ Jiu-Jitsu”, marca registada e já inscrita na Federação Internacional de Jiu-Jitsu Brasileiro (IBJJF), quer trabalhar em prol do sucesso, liderada por Carlos Avelar e Divino Rui Paula, ambos professores credenciados, no mundo de uma arte marcial completa, que permite exercitar corpo e mente.
É no ginásio ForLife que o projeto, independente e autónomo, há tanto idealizado, tem morada. A equipa que já aqui dava aulas decidiu profissionalizar-se e lançar-se. Entre os vários atletas já federados, avista-se muito mais do que a competição a nível nacional ou internacional. A “Imperium 22” é, antes de mais, uma escola de jiu-jitsu, que não é um mero desporto, mas é um estilo de vida, que promove o espírito de grupo, a entreajuda, o respeito, a autoestima, a concentração, a disciplina. Pode mesmo ser a melhor resposta contra o bullying ou a ansiedade. Esta equipa possibilita aulas para kids, ou seja, para crianças dos 4 aos 9 anos; também para juvenis, dos 9 aos 16 anos e para adultos, a partir dos 16 anos. Nesta data conta já com várias turmas, em Viseu, às 2as, 3as, 5as e 6as, e em S. Pedro do Sul, no Ginásio FitClub, às 4as feiras, enriquecendo os alunos com metodologias de treino adequadas a cada um, incluindo a crianças com perturbações do desenvolvimento, num ambiente seguro e familiar – um escape, um hobby, uma competição.
A esta nova equipa de Jiu-Jitsu desejamos as maiores felicidades!
Edição 837 (10/11/2022)
ASSOCIAÇÃO GRUPO DE GINÁSTICA DE VOUZELA
Duke Oliveira: “Queremos alcançar os melhores resultados possíveis!”
Fomos ao encontro de Duke Oliveira, Presidente da Direção da Associação Grupo de Ginástica de Vouzela, Coordenador Técnico e Treinador da Classe de Representação para percebermos como estão a decorrer os trabalhos da Associação do Grupo de Ginástica de Vouzela.
“A azáfama é grande…
É um entra e sai constante de miúdos e de graúdos. Entre cambalhotas, pinos, flexões e tantos outros exercícios, a Ginástica vive-se com muita intensidade, com muita alegria. É uma satisfação muito grande ver a adesão ao nosso projeto e às nossas iniciativas.” – DuKe Oliveira
– Ponto de Situação dos Grupos de Ginástica – “Felizmente, o arranque da nova época não podia ter corrido melhor. Face ao crescimento verificado, abrimos mais 2 grupos (um na área de formação e outro na área do Fitness). Ao todo, são 206 praticantes, distribuídos por 5 Classes de Formação, 1 Classe de Pré-Representação, 1 Classe de Representação e 2 Grupos de Adultos. A Equipa Técnica, liderada por Duke Oliveira, é composta pelos treinadores Rodrigo Cortinhal, Nelson Santos e Rosário Rosa, que diariamente procuram desenvolver os seus treinos / aulas com o máximo de rigor, empenho e dedicação para que tenhamos mais e melhor Ginástica.”
– Objetivos para esta época – “O grande objetivo desta época é a participação na 17.ª Gymnaestrada Mundial. O apuramento já foi conseguido no passado mês de maio e, neste momento, é conseguir levar o máximo de ginastas possíveis, uma vez que as despesas de participação são elevadas. Também estamos a procurar melhorar o Bloco Gímnico “Histórias da Minha Vida”, aumentando a complexidade, o nível técnico e o sincronismo na execução.
Para além disso, iremos criar rotinas, de Ginástica de Grupo e Ginástica Acrobática, para a participação nas provas do Desporto Escolar e nos eventos da Associação de Ginástica do Douro e Dão e Federação de Ginástica de Portugal, de forma a alcançar os melhores resultados possíveis.
Também pretendemos continuar a desenvolver um trabalho de qualidade, juntos de todos os nossos praticantes e promover dias abertos, de forma que qualquer pessoa possa participar. E, como é habitual, levar a cabo mais uma edição do Sarau Gímnico de Vouzela.”
– Principais obstáculos – “Os principais obstáculos prendem-se com as obras que o pavilhão municipal está a sofrer que condicionará a concretização de eventos gímnicos em Vouzela. Para além disto, esta situação também acabou por influenciar a distribuição dos horários de treinos da Classe de Representação que utiliza habitualmente no Pavilhão dos Maristas, dado que há mais coletividades a utilizar este espaço. Mais do que nunca, é essencial este projeto ter instalações próprias para as especificidades da Ginástica e para que o crescimento continue a ser uma realidade. As despesas inerentes à participação em eventos, nomeadamente a nível internacional, são bastante elevadas. Mas acreditamos que, com boa vontade e determinação, todos estes obstáculos serão superados e os objetivos cumpridos. Afinal, juntos SOMOS MAIS FORTES! VOUZELA, VOUZELA, VOUZELA, FIRMES!”
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Edição 836 (27/10/2022)
União Desportiva Vilamaiorense na Taça de Portugal de Maratonas de BTT
Destaque para Luís Santos
• Paula Jorge
A equipa de BTT da União Desportiva Vilamaiorense participou de forma muito positiva na etapa de Castro Daire e de Vila Nova de Paiva. Na etapa de Castro Daire participaram Luís Santos e Romeu Vieira, num percurso com passagens pelas margens do rio Paiva e pela serra do Montemuro, destaque para o 2.º lugar na meia Maratona de Luís Santos e top 15 M30 de Romeu Vieira. Na etapa de Vila Nova de Paiva, Maratona do Demo, com Rui Pinto, Luís Santos e Romeu Vieira. Aqui, mais um pódio, desta vez o 3.º lugar de Luís Santos na Maratona de 80kms e o 4′ lugar de Rui Pinto na meia Maratona.
Fomos, mais uma vez, ao encontro de Luís Santos. Natural de Vila Maior, trabalha no Município de São Pedro do Sul, desde 2001, onde desempenha funções na Divisão de Educação, Desporto e Ação Social em apoio informático. Dá aulas de Novas Tecnologias aos alunos da Universidade Sénior.
Quando há uns tempos o questionávamos sobre como começou o gosto pela prática das modalidades de BTT e Trail , Luís Santos referiu: “O meu gosto pelo ciclismo vem desde pequeno, habituado a ver a Volta a Portugal, a Volta a França e a Vuelta, seguir colado à televisão as subidas à Torre, aos Lagos de Covadonga, ao Tourmalet, apreciar Miguel Indurain, o Pantani, o Virenque, o Joaquim Gomes e tantos outros heróis da bicicleta. Como cresci numa aldeia e poder correr e andar de bicicleta livremente, veio aumentar o meu gosto pela modalidade e o fascínio pelas montanhas começou desde muito cedo. O facto de ter conhecido os Alpes suíços, muito novo, despertou em mim um fascínio total pelas montanhas. Acredito que por ter raízes serranas, a minha avó paterna era natural de Covelo de Paivô em plena Serra, por isso acredito que a genética também tem um papel importante, pois nós gostamos sempre de estar perto das nossas origens.”
Ainda questionado sobre o motivo de ter entrado para o mundo do desporto, Luís Santos afirmou: – “Aos 32 anos fui convidado pelo J. Luís Antunes, um amigo e colega de trabalho, para ingressar numa equipa de BTT que estava a ser dinamizada no Termas Hóquei Clube. Aceitei, porque procurava novos desafios e sentia que tinha essa hipótese. Estive no TOC até 2019, onde fui muito feliz a correr. Foi com muito orgulho e dedicação que passei pelo clube das Termas, participei em BTT no mítico UpandDown Inatel, Campeonatos Regionais, campeonatos nacionais, Taças de Portugal, Marathon World Series, Portugal Tour MTB e tantas outras provas. Corri também pelo Velo Clube de Echalens e pelas Cycles Tesag, duas equipas suíças que apoiaram a minha dupla com o meu amigo Marcelino Almeida nas provas por etapas, assim como o David Homem que é um excelente atleta e amigo, com quem já fiz dupla também. Nestas provas por etapas é onde me sinto melhor, é uma luta seguida de vários dias, onde o companheirismo e a confiança no parceiro são fundamentais. Em 2020 fui desafiado pela direção da União Desportiva Vilamaiorense a construir uma equipa de Ciclismo/BTT e regressei ao meu clube de sempre.”
– Pedimos a Luís Santos para deixar alguns conselhos para quem quer seguir os seus passos, quer ao nível da alimentação, treinos e filosofia de vida. – “Praticar desporto é essencial, porque a nível de saúde é importante, não só saúde física, mas mental. Alguns cuidados com a alimentação são importantes, mas o nosso próprio corpo nos ensina o que nos faz bem e o que nos prejudica, eu por norma sigo o Dr. António Escribano que é uma referencia na nutrição desportiva, tenho algumas regras que sigo, seja em treino ou em prova, a hidratação e a alimentação são fulcrais. Tenho também um primo que é médico, o Luís Fonseca que me ajuda sempre que é necessário.”
Para finalizar pedimos a Luís Santos para nos deixar uma mensagem. – “Quero aproveitar para agradecer ao clube UD Vilamaiorense e Melo & Carvalho bikes. Ainda ao Augusto Gil da SP Madanelo pelo apoio de sempre. Aos meus filhos, esposa e toda a família, pelo apoio e suporte. Aos meus amigos de uma vida por toda a fraternidade. Agradeço também à Paula Jorge o convite para esta publicação neste jornal que me diz muito, pois o meu pai foi colaborador muitos anos nesta casa.”
À União Desportiva Vilamaiorense e seus atletas, e de modo particular ao Luís Santos, desejamos os maiores sucessos desportivos.
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Edição 835 (13/10/2022)
Academia de Andebol de São Pedro do Sul
Carlos Pires: “Vamos participar numa competição europeia, em representação do nosso país, da nossa terra e das nossas gentes!”
Fomos, mais uma vez, ao encontro do coordenador da Academia de Andebol de São Pedro do Sul, professor Carlos Pires, para percebermos como estão a decorrer os trabalhos nesta nova época.
– Pode fazer um balanço do arranque desta época relativamente às equipas seniores feminina e masculina? – “O início de época está a revelar-se muito positivo para ambas as equipas. Quer numa quer noutra houve o cuidado de realizar diversos jogos de pré-época, de modo a que este início de competição fosse encarado da melhor forma. Relativamente aos seniores masculinos já decorreram 3 jornadas do campeonato, nas quais enfrentamos 3 equipas que se assumiram como candidatas à subida de divisão, em todos os jogos fomos competitivos e tivemos possibilidade de ganhar, no entanto apenas o conseguimos fazer num deles. Fica a sensação que a equipa é competitiva e que pode disputar todos os jogos com ambição. Esta competição vai ser muito equilibrada e exigente e todo o grupo está a trabalhar para alcançar os objetivos a que se propôs. Nas seniores femininas também já jogamos 3 jornadas, registando 2 vitórias e 1 derrota. A derrota aconteceu perante o atual campeão nacional, o SL Benfica, em Lisboa, num jogo que disputamos até ao fim e que poderíamos ter vencido. Todo o grupo está focado e quer muito trazer vitórias para S.P. Sul, mas temos que melhorar as condições de treino de modo a que esta ambição e vontade de fazer bem as coisas possa dar frutos. Neste momento somos uma equipa com a casa às costas, em todos os treinos da semana somos obrigados a mudar de pavilhão com todos os transtornos que isso acarreta. A título de exemplo, as seniores femininas a competir na 1º divisão nacional com uma competição europeia à porta, a representar São Pedro do Sul ao mais alto nível, treinam uma vez.”
– A equipa sénior feminina tem um novo elemento a dirigir a equipa técnica. Pode falar-nos desta nova aquisição? – “A entrada do professor João Florêncio para a equipa técnica da Academia foi uma oportunidade que se proporcionou e que importava não desperdiçar. O professor Florêncio possui um dos melhores currículos a nível nacional, durante muitos anos exerceu funções na primeira divisão nacional masculina, orientando equipas como o Belenenses, na qual lutou por títulos nacionais e conquistou a presença em provas europeias. Foi também selecionador nacional A feminino durante várias épocas e na passagem que teve por clubes femininos sagrou-se campeão nacional pelo Gil Eanes, clube que curiosamente apadrinhou a entrada dele na Academia.
A possibilidade do professor estar em S. P. Sul, fruto de amizades de infância, leva-nos a aproveitar a disponibilidade de tempo dele e acrescenta muita qualidade e experiência ao grupo. Permite ainda que o professor Carlos Pires exerça as funções de coordenador do clube, tal como estava previsto no final da época passada e que foi alterado em função da ida da professora Ana Seabra para Espanha. De facto, o clube atingiu uma dimensão que não permite que o principal treinador das seniores femininas esteja preocupado com outras funções que não o retirar do máximo rendimento desportivo do grupo.”
– E as equipas de formação como se encontram? – “A formação está em atividade desde o dia 29 de agosto e prepara-se agora para iniciar os campeonatos promovidos pela Associação de Andebol de Viseu. Também nestes escalões lutamos com a dificuldade das instalações desportivas, as sub14, por exemplo, treinam na Lameira às segundas, em SC Trapa às quartas e em meio campo no municipal às quintas, repartindo espaço com mais dois escalões. O facto de não termos transportes próprios capazes de as levar para os treinos em SC Trapa e de a autarquia não ter possibilidade de colaborar neste ponto, num horário em que a maioria dos pais ainda está em horário laboral, também nos causa muitas dificuldades. A solução passará por, no futuro, pensarmos em conjunto algumas soluções e, mais uma vez, torna-se óbvio, para nós, que precisamos de um espaço fixo. O coordenador técnico da formação, o professor Tiago Cunha, tem acompanhado os treinos dos diversos escalões e marcado presença junto dos nossos treinadores, ajudando-os e colaborando com eles para a melhoria do trabalho realizado. Estão também previstas algumas ações de promoção e divulgação, nas quais se insere a que já foi realizada no espaço em frente à CM de SP Sul “Andebol de Rua”.”
– O que tem trazido a Academia para a região? – “Muito! Este ano já fomos jogar ao Benfica, jogo que mereceu transmissão televisiva, durante a qual foi enaltecido pelos comentadores todo o trabalho realizado. A anteceder o jogo foi feito um trabalho televisivo, no qual a referência a São Pedro do Sul foi constante. No fim-de-semana anterior a este jogo foi disputada final da Supertaça 2022 durante a qual se falou imenso de São Pedro do Sul e do andebol de São Pedro do Sul, uma vez que a GR do Benfica que esteve em destaque nesse jogo “Isabela Ferrarin”, jogava em S.P. Sul na época passada, tendo tido a oportunidade de ir para o Benfica para ser profissional. Semanalmente visitam-nos pessoas de todo o país, semanalmente as nossas equipas levam o nome de São Pedro do Sul por esse país fora, a nossa cultura, tradições, termas, serra, produtos, são conhecidos, mas há, neste momento, muitos milhares de portugueses que conhecem um pouco melhor a nossa terra por causa do andebol. E agora também temos a oportunidade de o fazer a nível internacional… que diabo, vamos participar numa competição europeia, em representação do nosso país, em representação da nossa terra e das nossas gentes, que oportunidade maravilhosa conquistada com muito sacrifício e muito trabalho, milhares de horas de trabalho e isto é a ponta do iceberg, uma vez que o que está por baixo de água é o trabalho de muitos voluntários que se dedicaram ao associativismo de alma e coração e dão o seu melhor para conseguir reunir as condições necessárias. Logo a seguir aparece a parte visível, a nossa miudagem e o trabalho que com eles fazemos. As dificuldades são muitas, faltam os recursos financeiros, não temos pavilhão, não temos transportes, mas temos pessoas que querem fazer bem as coisas e que dão o seu melhor… imaginem se tivéssemos as condições ideais, bom, talvez se as tivéssemos nos limitássemos a fazer o que outros na nossa região que as têm fazem… ficar no conforto. Acredito que não porque a diferença está nas pessoas. Ter muitos jovens formados no clube a competir ao mais alto nível da modalidade é um prazer imenso e queremos continuar a seguir esse caminho. A formação trouxe-nos até aqui, sem estes atletas formados no clube não teríamos conseguido cá chegar, foram eles que, em período de exigência académica conseguiram ultrapassar essa fase, não desistir, e trazer o clube vivo até hoje. É nossa obrigação continuarmos a fazê-los crescer desportivamente, dar-lhes condições, acrescentar-lhes qualidade e experiência, porque eles são fulcrais nas nossas equipas, são jovens sampedrenses que competem na 1ª divisão nacional feminina, participam em competições europeias em representação do nosso país, na 2ª divisão nacional masculina, e que estão ao mais alto nível da modalidade.
Precisamos muito da ajuda de todos! Precisamos que o pavilhão municipal esteja cheio na próxima quinta às 20:00 e sábado às 18:00 na receção à equipa da Bósnia que vamos defrontar para a EHF European Cup.
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