A. Moniz de Palme (Ed. 673)

E agora como remendar a actual situação? Terá chegado a eliminação física dos matadores dos jornalistas ?- 2ª Parte

1º Manifestei-me exuberantemente contra os actos terroristas em França. Ainda por cima foi assassinado um cartoonista, Wolinsky, bem quisto e apreciado na cidade do Porto. Todavia, quando vi alguns dos desenhos publicados na Charlie Hebdo, fiquei horrorizado. Como pode tal ter aparecido à estampa num país civilizado!!!? Como podem os responsáveis europeus admitir sem mais desenhos tão nojentos, diga-se de passagem, e que ofendem gravemente os crentes das religiões visadas.

Será que com base na liberdade de expressão, todos têm o direito de injuriar as crenças do próximo?. Não posso concordar com tal.

Antigamente, quando alguém insultava a mãe do próximo ou qualquer progenitor do seu semelhante, arriscava-se a ter como resposta um bom par de murros. Assim era no meu tempo, quem fosse ofendido na honra da sua família, quer fosse mais fraco ou mais forte que o ofensor, arrancava-se violentamente fazendo terminar a agressão moral de que estava a ser vítima, mesmo que acabasse por sair da contenda muito mal fisicamente. Pelo menos morria “sastefeito”, como se diz na minha Santa Terra!!! . E mesmo com os cristãos convictos passava-se o mesmo, apesar dos ensinamentos de Jesus Cristo, “Quando te agredirem dá o outro lado da cara…!”. Mas, na fúria do momento, as talvez fracas convicções de cada um não funcionavam certamente. Nem todos os cristãos são como os santos de altar com o espírito de sacrifício que os mandamentos exigem…Porém, e a propósito, devo esclarecer que não me recordo de alguma vez ter sido injuriado pessoalmente por qualquer ofensa ao meu pensamento religioso. Pois bem, mas se tal acontecesse bem poderia a agressão aos meus valores religiosos redundar numa cena de pancadaria. Deus me perdoe. Claro que muitas discussões tive com amigos e simples conhecidos com maneiras de pensar bem diferentes das minhas, em matéria religiosa, mas tal não constituía reciprocamente uma ofensa às convicções de cada um. Após as discussões ficávamos ainda mais amigos e certamente bem mais esclarecidos. Mas com a globalização e a imigração para a Europa, o problema das ofensas à religião de cada um muda radicalmente de figura

2º Pois bem, a legislação europeia continua a não punir os excessos cometidos com o uso abusivo da liberdade de expressão. Essa é a realidade. Perante os amargos de boca que tal nos poderá trazer, até dá a sensação que somos dominados e estamos perante uma seita que pretende radicalmente acabar com todas as religiões existentes. No prosseguimento dos seus torpes fins, não têm qualquer, respeito pelos respectivos crentes, chegando ao ponto de permitirem que, em nome da liberdade de expressão, sejam publicados desenhos ignóbeis de Alá, de Jeová e de Deus a serem sodomizados, colocando-se em sério perigo a paz mundial e prosseguindo com fanatismo e fundamentalismo a sua senha anti-religiosa, custe o que custar e sejam quais forem as consequências do seu comportamento.

Na minha modesta opinião, o Amor ao Próximo não permite um conceito de Liberdade de Expressão sem limites. Bem andou o nosso Papa Francisco em condenar a violência provocada pelo excesso da Liberdade de Expressão. A continuarmos neste errado caminho, estamos a dar força à Família Sáude, reinante na Arábia Saudita, que pretende uma convulsão mundial, pois está a financiar o terrorismo e o fundamentalismo religioso. Como consequência, espera vir a sentar-se no trono do Império Mundial Islamita…!

 

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Redação Gazeta da Beira