Reflexões sobre a vida e o mundo
Os Judeus beneficiaram da tomada do poder na Europa pela burguesia
• António Bica
Com o reconhecimento aos judeus na Europa e nos Estados Unidos da América do Norte do direito à cidadania, começou, como acontece, em regra, em casos semelhantes, a dar-se o abandono do judaísmo por alguns judeus: Em 1817 o judeu Benjamim Disraeli foi baptizado na Igreja Anglicana pelo seu pai Isac Disraeli, vindo depois a ser primeiro ministro inglês. Henrique Marx, na Alemanha, tornou-se cristão no princípio do século 19 e o seu filho, Carlos Marx, estudou, não na escola judaica, mas no liceu de Trier. Henrique Heine, na Alemanha, foi baptizado como cristão. E como estes muitos outros. Calcula-se que no século 19 cerca de 250.000 judeus abandonaram o judaísmo.
A derrota de Napoleão em 18 de Junho de 1815 em Waterloo, na Bégica, pelas forças mais conservadoras e clericais da Europa – a Santa Aliança – fez regredir temporariamente em alguns estados os direitos de cidadania reconhecidos aos judeus pela Revolução Francesa e levados a toda a Europa por Napoleão. Mas o caminho fora aberto e poucos anos depois os movimentos progressistas na Europa forçaram a institucionalização definitiva do direito dos judeus à cidadania.
A nova situação dos judeus e o desenvolvimento industrial e comercial europeu possibilitaram aos judeus o acesso livre à indústria, ao comércio e às actividades bancárias em igualdade com os outros cidadãos. Diversas famílias de judeus entraram no negócio bancário: Os Rotschild, os Oppenheim, os Heine, os Mendelson.
Os Rotschild, que se tornaram no maior grupo bancário europeu, haviam se instalado como comerciantes na Inglaterra no fim do século 18, tendo enriquecido. Nas guerras napoleónicas financiaram, já como banqueiros, o governo inglês, que se aliara às forças mais conservadoras e antijudaicas da Europa na Santa Aliança contra Napoleão, aumentando muito os lucros. Os Rotschild jogavam em todos os tabuleiros, mantendo a unidade familiar. Em 1811 um instalou-se em Paris. Em 1816 outro em Viena. Um terceiro em 1821 em Nápoles. O capital dos Rotschild passou para 1,77 milhões de libras ouro em 1818, 4,3 milhões em 1828, e 34,35 milhões em 1875.
Os bancos judeus financiaram no século 19 os governos europeus nas suas guerras, a nova indústria dos caminhos de ferro, o nascente telégrafo, a empresa do canal do Suez, e outros grandes negócios.
Muitos outros judeus por toda a Europa, durante o século 19, enriqueceram no comércio, na indústria e na banca. A riqueza deu-lhes influência junto dos governos. Os mais ricos, seguros dos seus direitos de cidadania, fortes na sua riqueza e retomando a crónica arrogância judaica quando os judeus deixam de ser perseguidos, passaram a fazer promoção dos judeus enquanto raça.
Benjamim Disraeli, judeu baptizado no cristianismo anglicano, primeiro ministro inglês com a atitude é típica dos judeus “marranos”, foi o mais activo nessa campanha. Foi primeiro ministro inglês em 1868 e de 1874 a 1880. Alargou o domínio colonial da Inglaterra no mundo, institucionalizou esse domínio na Índia como império, levando a rainha Vitória a proclamar-se imperatriz em 1876. No Congresso de Berlim de 1878 retirou, com os imperadores alemão e austríaco, à Bulgária a sua província do sul para a restituir ao império turco de que havia sido libertada, e em contrapartida forçou a Turquia a abrir mão da ilha de Chipre, de população maioritariamente grega, não para a tornar independente, mas para a reduzir a colónia inglesa. Esforçou-se por construir a imagem de que os judeus, enquanto raça, são dotados de superiores capacidades, afirmando que desprezava «a perniciosa doutrina dos tempos modernos da igualdade natural dos homens». O seu pai, Isac Disraeli, tinha outra opinião dos judeus e do judaísmo: Achava que tinham poucos homens de génio e que em mil anos não haviam produzido mais do que dez.
Benjamim Disraeli exprimiu de forma exuberante a arrogância dos judeus europeus no século 19 e princípios do século 20. Os judeus, na sua concepção pelos seus talentos inatos, estavam destinados a espantar pela sua influência o mundo. Nas suas obras de ficção pôs na boca do judeu Sidónia: «Tudo é raça, não existe outra verdade. Os judeus são uma raça pura.» Assim Disraeli pregava a superioridade racial (dos judeus) muito antes de os darwinistas sociais terem vulgarizado essa ideia e de Hitler a a ter tomado como bandeira (considerando Hitler que os alemães tinham as melhores qualidades e os judeus as piores).
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Redação Gazeta da Beira
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