Destaque (Ed. 658)

CLDS+ apresenta principais linhas de intervenção

Projeto quer dar um novo futuro à agricultura

• Patrícia Fernandes

Ed658_CLDS+IMG_0970O CLDS+ Perto de Si apresentou as linhas gerais do programa, no passado dia 3 de julho, nos Paços do Concelho. O projeto é gerido pelo Centro Paroquial de Manhouce, vai ter sede na Avenida Sá Carneiro e vai prolongar-se até junho de 2015. São muito os projetos em cima da mesa, destaque para a parceria com a Escola Agrária de Coimbra, que quer tornar a agricultura de S. Pedro do Sul mais sustentável. Este é um investimento que ronda os 225 mil euros, valor totalmente comparticipado pelo Instituto da Segurança Social.

 

No âmbito do programa CLDS+, vão chegar a S. Pedro do sul cerca de 225 mil euros. Verbas que, como defende Vítor Figueiredo, vão “contribuir para o desenvolvimento do concelho”. Uma importante ajuda para realizar inúmeros projetos de cariz social. Como acrescenta o autarca, este é um projeto que vai, sobretudo, “apoiar os desempregados, os carenciados, os jovens e os idosos”. O programa vai ser executado ao longo de um ano e vai intervir em três eixos fundamentais: Emprego, Formação e Qualificação; Intervenção Familiar e Parental Preventiva na Pobreza Infantil e Capacitação da Comunidade e das Instituições. O Projeto, sob a  coordenação de Ângela Abreu, vai contar com seis técnicos diferenciados.

CLDS+ quer promover uma agricultura rentável

No âmbito do eixo da empregabilidade, destaque para o novo futuro que o CLDS+ quer dar à agricultura. Um futuro em que a agricultura seja vista como forma efetiva de criar emprego. Como explica Ângela Abreu, o programa “Agricultura com Futuro” conta com apoio de um técnico agrícola que vai trabalhar no sentido de “apoiar os agricultores já instalados, assim como novos agricultores”, para que estes consigam “viabilizar as suas explorações” e, também, “começar a pôr os canais de escoamento a funcionar”.

Para isso, o CLDS + tem já um protocolo com a Escola Agrária de Coimbra que visa apoiar 10 jovens agricultores. Como explica a coordenadora, os agricultores “vão receber visitas nas suas instalações, para poderem efetuar algumas correções, aconselhamentos, workshops e outras ações de sensibilização”.

Mas há mais. No âmbito de uma parceria com o Centro de Emprego, vão ser “dinamizadas sessões para desempregados, divulgadas oportunidades de emprego, assim como, medidas ativas de emprego e oportunidade de inserção”. Através de um atendimento personalizado, o CLDS+ prevê, ainda, auxiliar, no enquadramento de projetos, no empreendedorismo e na criação do Autoemprego.

Paralelamente, as empresas locais vão ser visitadas, numa ação que visa informar as entidades empregadoras das diversas oportunidades de contratação por forma “a sensibilizar e a integrar desempregados e jovens à procura do primeiro emprego”.

O CLDS+ na escola

Também o ensino merece a atenção do programa. O CLDS+, como explica Ângela Abreu, efetuou uma parceria com a Escola Secundária, dentro da qual vai ser efetuada “uma sinalização, encaminhamento e orientação de alunos que concluam o sistema educativo para favorecimento da integração profissional”. A ação “Orienta-te” vai acompanhar cerca de 20 alunos dos cursos profissionais de Gestão e Marketing, com o objetivo de apoiar a “sua inserção profissional”. Paralelamente, está a ser pensado um certame na área do empreendedorismo.

O CLDS+ na luta contra a pobreza e o isolamento

O programa vai lançar o projeto “Vizinho Solidário” que tem como objetivo acabar com o isolamento na terceira idade. Uma aposta na proximidade, dentro da qual, o CLDS quer trabalhar com “os vizinhos mais próximos para que visitem regularmente os vizinho com mais idade”. Um voluntariado informal que pode resolver, no concelho, um dos problemas da atualidade: o isolamento dos idosos. Por outro lado, como avança Ângela Abreu, o CLDS+ quer promover algumas “atividades socioculturais ligadas às IPSS’s, no sentido de quebrar as rotinas instituídas, o isolamento e a solidão”. Para os mais velhos estão ainda pensadas alguma “sessões de informação e sensibilização em áreas como a saúde, a segurança…”

Outras das áreas de intervenção são as famílias do concelho. Em Santa Cruz da Trapa, no âmbito deste projeto, vai ser construída uma “horta comunitária” que pretende ir ao encontro das necessidades de “várias famílias desfavorecidas, com várias situações de Rendimento Social de Inserção”. O CLDS+ prevê apoiar cerca de 20 famílias. Também aqui estão previstas  algumas sessões que entre outros temas querem trabalhar ao nível “das competências parentais, cidadania e igualdade de géneros”.

O CLDS+ na promoção do território

As freguesias de S. Pedro do Sul, “com mais baixa densidade e com mais dificuldade também vão ser trabalhadas”. Como avança Ângela Abreu, “ na freguesia de Sul, vamos dinamizar um posto de venda e informação no antigo posto dos Correios, vamos ainda, criar uma agenda com todas as associações, entidades, empresas que abarque toda aquela zona”. Uma programação interligada que abranja diferentes organismo e tenha S. Macário como polo aglutinador. Uma forma de “pensar o território, criar uma estratégia de intervenção com as pessoas que consiga tornar essas zonas mais atrativas”. Neste âmbito, está já a ser negociado uma parceria com as Termas e o Inatel no sentido de, como explica a coordenadora, “levar os turistas das Termas às freguesias, valorizando, assim, o Património Etnográfico que pode ser rentabilizado de outra forma”.O Programa CLDS+ tem por finalidade promover a inclusão social dos cidadãos através de ações, a executar em parceria, que permitam contribuir para o aumento da empregabilidade, para o combate das situações críticas de pobreza, especialmente a infantil, da exclusão social em territórios vulneráveis, envelhecidos ou fortemente atingidos por calamidades

Associativismo está em declínio em S. Pedro do Sul

O CLDS+ procedeu a um levantamento das associações do concelho. Um trabalho de diagnóstico que chegou à conclusão que o associativismo está em declínio em S. Pedro do Sul. Como explica, Ângela Abreu, “O associativismo  faz-se com base em muito poucas pessoas, conseguimos contar pelos dedos quem são as pessoas das quais dependem essas associações, ou seja, se essas pessoas desaparecerem dessas associações as associações desaparecem”. Para além disso, segundo conclui este levantamento, as associações têm, também, grandes dificuldades na divulgação das suas atividades, dificuldades em angariar públicos para beneficiar dos trabalhos das associações, e dificuldades de relacionamento com outras coletividades, desaproveitando, assim, algumas sinergias que podiam ser viáveis.

Com este trabalho de campo, foi elencado tudo o que as associações podem fazer. O “dossier” passou, agora, para a Câmara Municipal que quer trabalhar com as associações.

—————————————————————————————————————————-

Mais artigos

Advogado faleceu no passado dia 20, com 83 anos
Vinho Chão do Vale conta com 24 mil litros e quer aumentar a produção
A gastronomia: história, autenticidade e progresso
A Rainha de Valadares
Projeto universitário aproximou a arte dos reclusos
• O homem atrás da câmara
Vitela certificada, uma aposta na qualidade
Pastel de Vouzela – Vouzelenses querem salvaguardar as origens dos seus produtos
Cantigas com alma
Bolsa de terras um exemplo de sucesso
Um retrato de Sever do Vouga
Centro de Emprego Dão Lafões têm novo director adjunto
Concerto de Natal memorável, muito aplaudido pela população

Redação Gazeta da Beira