Vitor Barros
MELHORIA DAS CONTAS MUNICIPAIS: UM MILAGRE?
Realizou-se no passado dia 25 de Abril mais uma Assembleia Municipal (AM) descentralizada, desta vez em S. Félix. A sala foi pequena para albergar tanta população, tendência que se tem vindo a acentuar sessão após sessão.
O ponto principal da AM de Abril tem a ver com a prestação de contas do Executivo relativas ao ano anterior. Por diversas vezes a oposição usou, em tom jocoso, a palavra milagre.
Que saibamos nem o Presidente nem os Vereadores têm dons divinais! Vejamos então o que realmente se passou?
É um facto que as contas melhoraram significativamente em 2014, ano totalmente da responsabilidade do atual Executivo, em relação ao ano anterior, maioritariamente da responsabilidade do anterior.
A dívida foi reduzida em 3 milhões de €. O resultado líquido melhorou de cerca de 250 mil € para cerca de 980 milhões de €, fundamentalmente fruto de uma relevante redução de gastos. De um modo geral deu-se melhoria ao nível dos Rácios financeiros: autonomia financeira, solvabilidade e liquidez geral, o que permitiu uma significativa redução nos prazos de pagamentos aos fornecedores, que anda atualmente pelos 115 dias quando chegou a ser, em média, de mais de um ano.
Enquanto Presidente da AM, órgão responsável pela fiscalização na utilização dos meios públicos por parte da Câmara Municipal, sinto-me confortável com o trabalho desenvolvido até aqui pelo Executivo.
Para além de ‘boas contas’, onde se inclui uma acentuada redução do endividamento, o meu compromisso com a equipa camarária passa também pela execução do saneamento e a este respeito não esqueço as palavras da responsável pelo programa comunitário específico quando acompanhei o Vice-Presidente a uma reunião em Lisboa – “até que enfim aparece alguém de S. Pedro do Sul”! Não só aparecemos como já se encontram alguns troços em execução, já foram comprados terrenos para instalar fossas e estão em elaboração diversos projetos para iniciar a implementação mal abram os Fundos Comunitários. Que contraste com o passado recente!
As contas mostram ainda uma taxa de execução do orçamento bastante elevada, superior a 80%, a qual terá tendência a ser superior no futuro. Ficam para trás os orçamentos virtuais, em que, por exemplo, se ‘vendiam’ campas que davam para enterrar todos os fregueses da sede do município!!!
Por fim é bom que os Munícipes saibam que as contas se encontram certificadas por uma entidade externa – o Revisor Oficial de Contas A. Figueiredo Lopes, M. Figueiredo&Associados, SROC, Lda, contratada pelo executivo anterior e não por este.
Em síntese não estamos perante um qualquer milagre, antes de uma realidade que é fruto de muito e competente trabalho no cumprimento de uma estratégia que pretende pôr S. Pedro do Sul na senda do desenvolvimento social e económico.Redação Gazeta da Beira
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