Rui Ladeira considera “inqualificável” que Estrada Nacional 228 entre Fataunços e Queirã continua encerrada

Em Vouzela

A Estrada Nacional 228 continua intransitável desde as intempéries do último Inverno (dezembro 2019), causando transtornos graves para quem tem de circular naquela zona entre Fataunços e Queirã. Em declarações exclusivas à GB, o Presidente da Câmara Municipal de Vouzela, Rui Ladeira, insurge-se com esta situação, da responsabilidade da Administração Central, e refere que ”passados mais de 9 meses sobre as intempéries e o consequente encerramento da EN 228 entre Crescido (Fataunços) e Vasconha (Queirã), é inqualificável que a estrada continue encerrada e sem a obra ainda ter começado (apesar de já ter sido consignada). É uma falta de respeito, uma desconsideração do Governo aos Vouzelenses, aos Lafonenses e à região. A EN 228 é uma estrada que serve não só Fataunços e Queirã, mas também grande parte do concelho de Vouzela, bem como os concelhos de São Pedro do Sul, Tondela e Viseu. O estado em que ainda se encontra prejudica as famílias e as empresas e pode comprometer o socorro.”

Rui Ladeira adianta que “interpelámos várias vezes a Secretaria de Estado das Infraestruturas para o perigo em que se encontrava a EN 228, para as suas debilidades visíveis e para a urgência da realização dos trabalhos. Nada foi feito! Infelizmente a realidade deu-nos razão, os abatimentos dos taludes estavam à vista de todos e aconteceram. Não conheço outro concelho que tenha duas estradas de âmbito nacional encerradas no mesmo ano. Passado todo este tempo e com contactos permanentes com a tutela para a execução da obra, pretendemos que seja realizada o mais rápido possível, de forma a que se possa circular em segurança, mas queremos também conhecer o relatório técnico de avaliação de todos os pontos críticos (que são muitos) e o cronograma de curto e médio prazo para a intervenção.”

A obra que agora vai ser executada só resolve uma pequena parte dos problemas e, segundo o edil de Vouzela, “caso o abandono e a falta de investimentos na conservação persistam e não seja garantida a segurança para quem circula na EN 228, exigiremos responsabilidades aos decisores. A segurança e o respeito pelas nossas populações do interior não se compadecem com os egos e esquecimento pelos que decidem a partir da capital. Depois das sucessivas calamidades que nos assolaram não merecíamos esta desconsideração! Vamos continuar a lutar pela nossa terra reivindicando investimento e segurança.”

O assunto chegou à Assembleia da República através de uma pergunta ao Governo, apresentada pelo BE, que questionou o Ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, sobre a previsão temporal para que a obra avance com as intervenções necessárias à resolução do problema.

• Paula Jorge