Quercus contra a instalação de mais aerogeradores nas serras de Montemuro, Freita e Arada

Associação ambientalista diz que os parques eólicos podem ameaçar o Lobo Ibérico

A Quercus defende que a implementação de mais aerogeradores nas serras de Montemuro, Freita e Arada pode prejudicar o Lobo Ibérico, uma espécie em vias de extinção. Vem, por isso defender locais alternativos para colocação destes equipamentos.

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Como explica a Associação Ambientalista, “A Quercus vem, uma vez mais, demonstrar a sua indignação e desagrado com a anunciada intenção de aumentar o número de aerogeradores numa área inserida na Rede Natura 2000, mais concretamente nos Sítios de Importância Comunitária “Serra de Montemuro” e “Serras da Freita e Arada”.

Em causa, um projeto de sobreequipamento do Parque Eólico da Arada/Montemuro – 2ª fase, promovido pela empresa Eólica da Arada – Empreendimentos Eólicos da Serra da Arada, S.A. e licenciado pela Agência Portuguesa do Ambiente (APA) que visa reforçar a capacidade de produção média anual de energia elétrica em 38,4 GWh no Parque Eólico da Arada/Montemuro. O projeto prevê, portanto, a instalação de mais seis novos aerogeradores, que se juntarão aos 56 já existentes nos três Subparques que constituem este parque eólico – Subparque Eólico da Carvalhosa, Subparque Eólico de Picão e Subparque Eólico da Arada – Núcleo da Manhouce.

“A instalação dos novos equipamentos, para além de implicar, na fase de construção, a destruição de coberto vegetal e perturbações irreversíveis ao nível da flora e fauna selvagens, acarreta igualmente, durante a fase de exploração, um elevado risco de morte de espécies da avifauna por colisão com os aerogeradores, impactes que são inadmissíveis tratando-se de áreas inseridas na Rede Natura 2000”, defende a Quercus.

A associação ambientalista reforça ainda que defende estes investimentos em energias renováveis. Não pode aceitar, contudo, que “é inequivocamente contra a instalação de infraestruturas deste tipo, de grandes dimensões, em áreas classificadas, incluindo todas as situações que envolvam a instalação de novos aerogeradores em parques já existentes. Como tal, a Quercus apela desde já aos investidores e aos promotores que optem por outras localizações sob pena de se promoverem conflitos desnecessários e o uso de recursos em projetos insustentáveis”, sublinha a direção.Redação Gazeta da Beira

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