Pioneiros do mirtilo foram homenageados numa gala inédita

Município de Sever do Vouga assinala os 25 anos do mirtilo

Para reconhecer, dar voz e agradecer aos pioneiros no cultivo do mirtilo, um projeto que mudou Sever do Vouga, a Câmara Municipal promoveu no passado sábado, dia 12 de dezembro uma gala evocativa dos 25 anos do mirtilo no concelho. O Centro das Artes e do Espetáculo acolheu a iniciativa com casa cheia. Em destaque o passado, mas também o presente e o futuro de uma cultura que ainda tem muita margem de crescimento, garante António Coutinho.

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O mirtilo é uma história de sucesso em Sever do Vouga. No passado dia 12 de dezembro a Câmara Municipal quis mostrar aos severenses como tudo começou e homenagear aqueles que deram os primeiros passos na cultura do fruto, no concelho e no país.

Na gala, António Coutinho frisou que, atualmente, “o mirtilo dá a conhecer o concelho de Sever do Vouga a todo o mundo”. O autarca considera que o fruto dá um contributo muito positivo à economia do concelho, mas também ao seu território, “ajuda a eliminar o eucalipto, assim como, as terras que estavam abandonadas, com silvas”, sublinhou.

António Coutinho destacou, ainda, as potencialidades turísticas do mirtilo. “O mirtilo está para Sever do Vouga como as vinhas estão para o Douro”, defendeu.

O Presidente da Câmara mostra-se confiante no futuro da cultura no concelho. Como referiu, “há ainda muita margem de crescimento” e para isso, apelou à “união dos produtores”.

Uma história de sucesso

Em 25 anos tudo mudou. Tudo começou em 1990, com a plantação de 400 plantas, um projeto piloto que ocorreu na Fundação Bernardo Barbosa Quadros, em Rocas do Vouga e que não poderia ter corrido melhor, conta Manuel Silva, ex-colaborador da IPSS. Hoje Sever do Vouga é a Capital do mirtilo, anualmente, produz cerca de 150 toneladas. O fruto criou economia e abriu novas portas para o concelho. Desde muito cedo que os produtores se aperceberam da importância de se associarem para comunicaram entre si e juntos combaterem os problemas de escoamento de um produto desconhecido. Surgiu assim a Mirtilusa, recorda Juvenal Costa, o primeiro presidente. Hoje, já são 48 os associados, contudo, como revelou José Sousa, atual presidente da direção, a associação trabalha com mais de 140 produtores de toda a região.

Com a criação da AGIM o fruto ganhou novo fôlego. O mirtilo ganhou margem no mercado interno, as anuais Feiras do Mirtilo atraíram milhares ao concelho, relatou Sofia Freitas, antiga coordenadora da AGIM. Nasceu, assim, a Capital do Mirtilo, uma marca que quer leva o mirtilo e Sever do Vouga pelo mundo fora.

Mirtilusa prepara candidatura a uma câmara com sistema de atmosfera controlada

Como revelou José Sousa, na Gala dos 25 anos do Mirtilo em Sever do Vouga, a Mirtilusa prepara uma candidatura a uma câmara com sistema de atmosfera controlada. Como explicou o presidente da direção da associação, este equipamento permite que o mirtilo possa manter a sua qualidade por mais tempo, sendo que, como notou, “o fruto pode, assim, aguentar cerca de 7 a 8 semanas em condições excelentes”, uma arma importante para um fruto altamente perecível.Redação Gazeta da Beira

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