Pinho foi centro de tradição e cultura

Festival Nacional de Folclore em S. Pedro do Sul

Ed658_Pinho_IMG_4892No passado sábado, dia 12 de julho, realizou-se, em Pinho, mais um Festival de Folclore que vai já na 24ª edição. À freguesia do concelho de S. Pedro do Sul chegaram Ranchos de vários locais do país que quiseram partilhar as suas culturas e tradições. Por Pinho passaram algumas centenas de pessoas, do evento a organização faz um balanço muito positivo. Em entrevista à Gazeta da Beira, Dinis Guimarães da Rocha, fala da iniciativa e da importância de preservar as tradições.

Foram cinco os ranchos que abrilhantaram a 24ª edição do Festival Nacional Folclore. Para além do Racho Folclórico de Pinho, o organizador, estiveram presentes, o Rancho Folclórico de São João da Serra, de Oliveira de Frades; o Rancho Folclórico “As salineiras de Lavos”, da Figueira da Foz e o Rancho Folclórico de Santa Maria de Ferreiros de Braga. Um serão de folclore que, como explica o organizador Dinis Guimarães da Rocha, “contou com muita animação e com bons intérpretes da etnografia e folclore das regiões que representam”.

A primeira edição foi em 1986, 24 edições depois, o Festival é, por estes lados, uma tradição. Quem vem uma vez regressa e os motivos são muitos. Segundo o organizador, “o festival de folclore na freguesia de Pinho, pela escolha dos Grupos, é já um cartaz a levar em conta no panorama cultural do concelho e região. Acresce também o saber receber todos os forasteiros que neste dia nos visitam. É gente simples mas acolhedora e alegre, bem ao estilo próprio da gente de Lafões”.

Esta é uma organização do Rancho Folclórico de Pinho que conta com o apoio da Freguesia de Pinho, do Município de S. Pedro do Sul e do comércio local contudo, como defende, o organizador, era preciso mais. Como explica, “as políticas de ajuda às associações de índole cultural e recreativo têm de ser revistas por quem conheça, realmente, a situação por dentro. As verbas atribuídas são irrisórias para os custos do evento em causa. Não pode, a meu ver, ser canalizados milhares para uns e cêntimos para outros que têm igualmente trabalho meritório no âmbito do associativismo e associativismo juvenil, movimentando dezenas de jovens da freguesia”. E acrescenta, “Espero que, em breve, haja um trabalho sério e se visite as Associações e todo o trabalho desenvolvido pela carolice desta gente que, mesmo na adversidade do momento atual que o país atravessa, continua a dar o seu melhor em prol das suas gentes”.

O Futuro do Folclore

Foi em 1979 que o Racho de Pinho teve o seu primeiro ensaio. A partir daí, como recorda Dinis Guimarães da Rocha, “iniciaram-se uma série de recolhas e pesquisas de letras e danças folclóricas, junto da população mais idosa da freguesia e freguesias limítrofes, no sentido da sua preservação e do espólio futuro do grupo para as apresentar em público”. Dezenas de anos depois, a chama de querer reavivar as histórias dos antepassados continua bem acesa. “O folclore tem o poder de nos transmitir, hoje, aquilo que fomos há várias décadas atrás, na sua maneira de vestir, de cantar e de dançar. Dar a conhecer, também, a sua maneira de viver, os seus usos e costumes, resumindo; dar a conhecer o seu “modus vivendi”, defende o organizador com os olhos colocados no futuro: “Cabe às atuais gerações prosseguirem esse trabalho, que nós iniciámos há trinta e cinco anos. Estou certo que, estes jovens entendem o importante que é prosseguir este trabalho, que os seus pais e avós iniciaram, e que hoje já assumem integrar cargos no grupo para o fortalecerem e dirigirem, com elevação e saber”, conclui.Redação Gazeta da Beira

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