Oposição teme que a criação de postos de trabalho não corresponda à área da ocupação de algumas empresas

Taxa de ocupação da Zona Industrial de Queirã já ultrapassa os 90 por cento

Dos 28 lotes existentes, a Zona Industrial de Queirã já tem 26 entregues, o que corresponde a uma taxa de ocupação de 93 por cento. A Câmara Municipal poderá, inclusive alargar a Zona Industrial. Os números, contudo, parecem não convencer a oposição que teme que algumas empresas tenham uma área demasiado grande para os postos de trabalho que possam vir a criar. O assunto esteve em destaque na última reunião de câmara pública, no passado dia 2 de outubro.

O tema foi levantado por António Meneses que revelou preocupação com o que considera ser a “concentração demasiada excessiva de lotes numa só empresa.” Como referiu, “não digo que estejamos a jogar no escuro, mas estamos a apostar imenso. Há uma empresa que tem 70 mil metros, 7 hectares, é muita área, atendendo ao facto de estarmos a falar de infraestruturas muito caras e que custam muito dinheiro ao município. Efetivamente, não sei se o retorno que vamos ter a nível de postos de trabalho será aquele que alvejávamos no princípio ou não”.

O vereador socialista defende que é preciso garantir a rentabilidade das Zonas Industrias de Queirã, Campia e Monte Cavalo. “Nós podemos ter uma área ocupada por tecido industrial, nas três áreas elevadíssima e, se calhar, temos uma taxa de ocupação por metro quadrado muito baixa. A rentabilidade de uma urbanização industrial, feita neste termos, sem acautelar e termos a certeza absoluta que vão mesmo ter um aumento significativo dos postos de trabalhos.”

Em resposta, Rui Ladeira esclareceu que a “empresa em concreto só irá ocupar dois lotes”, ou seja cerca de 10 mil metros quadrados. O que vai aumentar, como adiantou, “é a área de expansão, numa área contígua à zona industrial de cerca de 5 hectares, defende.

O autarca mostra-se confiante na política de emprego do município. “Se uma empresa que pretende criar, seguramente, mais de uma centena, se calhar duas de postos, de trabalho, não terá o Município que infraestruturar mais espaço do que àquele que está hoje para esta mesma empresa? Vamos perder a oportunidade de acomodar esta empresa e fazer tudo para que ela fique no concelho? Agora, como é natural, o sucesso das empresas, vai depender de muitos fatores (…) Portanto, a nossa responsabilidade é capacitar os espaços, proporcionar aos empresários o conforto que eles precisam para se instalarem e ajudar a que eles criem postos de trabalho e riqueza. Essa tem sido a nossa bitola, a nossa determinação e vamos continuar,” remata.Redação Gazeta da Beira

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *