“O fomento da economia local é a saída para a crise”

Mariana Mortágua esteve em Lafões

ed655p15_MarianaMortaguaPara sair da crise, importa desenvolver a economia local. Esta foi a tese defendida por Mariana Mortágua, aquando da sua visita à Região de Lafões, no passado dia 16 de maio. A deputada da Assembleia da República esteve em São Pedro Sul, visitou os Baldios em Candal e esteva na Primeira Feira da Vitela de Lafões, em Manhouce. A Gazeta da Beira acompanhou a viagem.
Para Mariana Mortágua, o fomento da economia local “é das poucas hipóteses que Portugal tem para conseguir sair desta situação de crise”. Mais do que elevados salários, esta crise deriva da desvalorização “das atividades tradicionais” que se tem verificado nos últimos anos. Como defendeu a parlamentar, aquando da sua visita, o interior tem muitas potencialidades. E a primeira Feira da Vitela de Lafões é um dos exemplos de como os produtos locais podem valorizar a terra. Mas para isso, como acrescenta, são precisas políticas públicas que o valorizem. “Não podemos querer desenvolver o interior e ao mesmo tempo fechar a única repartição de finanças num raio de vários quilómetros”, defendeu. A deputada reivindica, ainda, mais condições para estes territórios. “Viseu deve ser dos únicos distritos a nível europeu que não tem uma linha de comboio. Os serviços públicos, aqui, são fraquíssimos”, explica.

Mariana Mortágua contra a privatização dos Baldios
Outro dos pontos altos da presença da deputada em São Pedro do Sul, foi a visita aos Baldios, em Candal. No terreno, Mariana Mortágua, concluiu que os Baldios são essenciais para um saudável desenvolvimento de Candal e por isso devem ser preservados.
A Deputada disse que a possível nova lei dos baldios, proposta pela maioria parlamentar PSD/CDS, é um “grande problema”. Como alertou, em causa estão interesses privados na produção da energia eólica que valoriza os terrenos. Em causa, está, ainda, a provável eucaliptização, que, entre outras consequências, provoca “a erosão dos solos, aumenta o risco de incêndios e seca a terra”.
Para Mariana Mortágua “a gestão dos Baldios tem um grande impacto na economia e nas redes sociais criadas nesta região. Com esta gestão, a comunidade tem recursos para investir no próprio desenvolvimento da região”. A deputada do Bloco de Esquerda vai mais longe, como explica, “esta é a forma mais democrática possível de exercer o direito sobre uma terra. Desta forma, a comunidade decide entre si qual a melhor forma de gerir os recursos, isto num ato de cidadania do quotidiano que não é comparável a uma gestão do poder central e sobretudo, não tem nada que ver com uma gestão privada”.Redação Gazeta da Beira

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