Música e poesia no festival Fragas Aveloso no Teatro Jaime Gralheiro

3º Festival Fragas Aveloso, de 17 a 21 de Agosto

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3º Festival Fragas Aveloso, de 17 a 21 de Agosto 

Muita música, poesia, evocação de um espólio cultural multifacetado na diversidade de um património do nosso povo que continua vivo.

• Redacção

A Associação “Fragas Aveloso” dispensa encómios no que respeita à sua actividade, tal a intensidade e empenho com que o tem vindo a fazer, sendo uma referência do associativismo que implementa no contacto que alarga às comunidades rurais, mormente nas terras da freguesia de Sul. Dir-se-á que “mexe” com as suas gentes.

Vai no seu 3º Festival que teve lugar entre 17 e 21 de Agosto, com algumas inovações, em especial no campo da música e da poesia. Nesta conformidade, salientamos da realização do seu programa:

Dia 17, 18h – Inauguração da exposição de pintura de António Ribeiro, na sede da Associação Fragas.

Dia 18 – Inauguração de pintura de Afonso Costa, na Câmara Municipal de S. Pedro do Sul (17h). Com início às 21h, foi Música e Poesia no Cine-Teatro ‘Jaime Gralheiro’, com apresentação do Professor Luís Ribeiro. Terá sido esta a rubrica mais abrangente, com um espectáculo magnífico, integrando diferentes expressões musicais e poéticas, na ideia de que a dimensão cultural deste 3º Festival se alargou com maior ligação à aldeia de Rompecilha em que a Associação Cultural organizou, de forma regular, serões de poesia.

Nos dois grupos musicais, de características diferentes, coexistiram conteúdos comuns, como é o caso da música de José Afonso, que permitiu uma actuação conjunta do Grupo de Coimbra (Fados e Guitarradas) com o ARS-NOVA.

A Poesia de Aldeia foi declamada pelos membros da Associação Cultural e Desportiva de Rompecilha, tendo o Prof. Alexandrino acompanhado, com música de fundo, ao piano.

Na última parte, o ARS NOVA apresentou um repertório de música erudita e de música de intervenção, terminando com o “Acordai” de Fernando Lopes Graça e um inédito baseado na canção de José Mário Branco “Eu vi este povo a lutar”; apresentou ainda um ‘extra’ da música popular polifónica da região – “Chora a videira”. Este concerto teve a participação especial de Miguel Quitério em gaita de foles. A encerrar esta manifestação cultural e artística, esteve a Drª Manuela Tavares (Presidente da Associação).

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Algumas considerações sobre o ARS NOVA. É um grupo de Manhouce, de formação recente (Dezembro de 2014), com origem nas “Vozes de Manhouce” e que se autonomizou, por necessidade de ampliação de repertório e para valorização de outras vozes, mais jovens. Conta com as vozes de Adriana Gomes, Ana Rita Trindade, Cíntia Gomes e Susana Alves. Piano/órgão e direcção/formação musical são a cargo do Prof. António Alexandrino Matos. Envergando ora o traje tradicional de Manhouce, ora o vestido clássico, estas jovens possuem vozes de eleição para um repertório que reflecte classe e diversidade, quer no colectivo (coro) quer a solo, sem perder as suas raízes tradicionais. Neste curto espaço de existência (cerca de ano e meio), o ARS NOVA regista já cerca de 20 actuações em palcos diversos, perante plateias de nacionalidades múltiplas e exigentes, entre elas a Universidade de Lisboa, a Umar, igrejas, Mosteiro de S. Cristóvão de Lafões, cine-teatros, em eventos culturais diferenciados… merecendo, por isso, apoios institucionais consistentes, de forma a poder desenvolver um trabalho abrangente que a região por certo vai continuar a apreciar e a aplaudir.

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Dia 19 (todas as actividades na Associação)

15h – “Conta-me como foi…” Histórias de vida de pessoas das aldeias.

18h – Cine Aldeia: “Senhora Mãe” (coordenação do Professor Luís Ribeiro).

21h – Concerto da Tuna da Universidade Sénior de S. Pedro do Sul, sob a Direcção de Miguel Ângelo, com um repertório de música tradicional/popular e de José Afonso, que muito agradou aos presentes.

Dia 20, com início às 10h, Programa Ciência Viva: “Há vida no Rio”

16h – Jogo do Pau, em Rompecilha, com a colaboração da Associação Cultural e Desportiva de Rompecilha.

18h – Encontro de concertinas e mostra de artesanato e gastronomia no Largo do Espírito Santo, com a colaboração da Associação Recreativa, Cultural e Desportiva de Oliveira e Aveloso. Esta foi uma oportunidade para as concertinas saírem a mostrar-se e a fazerem ouvir-se, nas mãos de diversos tocadores (jovens, inclusive), num Largo recheado de pessoas, nomeadamente, de gente nova. E não faltaram as castanholas e o ‘cantar ao desafio’. Terá sido o recriar de uma vivência plena de sentido e propósito, ou não fossem as concertinas a animar muitos largos e arraiais em tempos idos…

21h – Cine Aldeia: “A Canção de Lisboa” (na Associação Rec. Cultural e Desportiva de Oliveira e Aveloso), coordenação do Professor Luís Ribeiro.

Dia 21, com início às 10h, Programa Ciência Viva: “Há vida no Rio”.

15h – Assembleia Geral da Associação Fragas aberta à população. Foi a adesão de novos sócios e pagamento de quotas. Informação sobre assuntos da vida da Associação. Avaliação da realização de actividades, nomeadamente, as relativas ao 3º Festival Fragas Aveloso.

21h – Cine Aldeia: “Há Festa na Aldeia”, de Jacques Tati, na Associação Fragas (Coordenação do Professor Luís Ribeiro).

 

‘Gazeta da Beira’ saúda a Associação Fragas Aveloso e fica ao seu dispor, dentro das suas possibilidades.

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