Mário Pereira

Crónicas do Olheirão - Algumas medidas radicais contra o estado islâmico

Ed686_Bandeira-IslamicaNão há dúvida nenhuma que os autores e os mentores dos atentados de Paris, no passado dia 13 de novembro, são extemistas que merecem todo o nosso repúdio  e cuja existência é por si só prova das fraquezas da humanidade.

Sendo fácil criticar o estado islamico e os jovens fanáticos que consegue mobilizar,  temos de nos interogar como foi possível aquele grupo ganhar a dimensão e o poder que tem. Só o conseguiu porque teve o apoio de muito outros extremistas.

Esperemos que um dia se possa fazer a história daquele grupo terrorista e de outros que operam em territórios longínquos, mas onde inúmeras pessoas continuam a ser aterrorizadas ou mortas por grupos extremistas.

Isso tornaria possível conhecer a verdadeira extensão do apoio dos serviços secretos dos países ocidentais e de países amigos como Israel, a Arábia Saudita ou a Turquia ao grupo terorrista que agora atacou em França e que há semanas  abateu um avião russo.

É cada vez mais evidente que o estado islâmico só conseguiu formar um exército com razoáveis dimensões porque há empresas ocidentais que lhe compram o petróleo que eles exploram na Síria e no Iraque e lhes vendem as armas.

O petróleo, não pode ser vendido como quem vende castanhas assadas na rua, tem que ser refinado e comercializado usando grandes instalações industriais e grandes meios de transporte, que apenas estão ao alcance de grandes empresas.

É óbvio que eles têm muitas armas porque alguém as fornece. Também é certo que os carros que usam não são fabricados nos teritórios que eles controlam. A mim parece-me fácil investigar o caminho que eles fizeram para lá chegar e assim sabermos quem ganha com esse comércio.

Tão perigosos como os fanáticos islâmicos, que acreditam que Alá lhes dará 70 virgens quando chegarem ao paraíso, são os fanáticos ocidentais que acreditam que o dinheiro lhes poderá dar as 70 virgens na Terra.

Os adoradores do dinheiro e dos lucros constituem hoje uma espécie de extremistas perigosos pois não têm escrupulos nem valores morais.

Um sujeito que se dispõe a fazer-se explodir em nome de uma causa é perigoso, mas não é menos perigoso aquele que fica sentado num escritório, eventualmente em Paris, a contar os lucros com o petróleo comprado aos islamitas ou com as armas que lhe vendeu.

Igualmente, perigosos são todos aqueles para quem o único princípio ético é o lucro que conseguem na gestão e manipulação das ações das grandes empresas quer sejam produtoras de medicamentos ou de armas, quer ganhem dinheiro com o petróleo do estado islâmico ou com os diamantes de sangue.

Combater o terrorismo passa por considerar os gestores de empresas que fazem negócios com grupos terroristas como cúmplices dos atentados e das mortes causadas por terroristas e julgá-los por esses crimes.

É facil saber qual a marca dos carros usados pelas tropas do estado islâmico. Essas empresas deveriam ser condenadas a pagar as indeminizações pelos ataques de Paris e todos os outros, bem como o acolhimento dos refugiados forçados a fugir da Síria.

Se houver armas produzidas em França na mão dos terorristas do estado islâmico o Sr. francês que preside à empresa que as produziu e vendeu deve ser julgado como cúmplice dos atentados.

As empresas petrolíferas que comercializam o petroleo do estado islâmico devem sofrer multas maiores que os seus lucros e os seus diretores devem ser julgados por apoio ao terrorismo.

Eu acredito que algumas destas medidas seriam bem mais eficazes no combate ao terrorismo do que os ataques aéreos ao estado islâmico, que são outra fonte de enormes lucros para umas quantas empresas.

Para combater os extremistas e os terroristas seria muito conveniente que os países ocidentais deixassem de confundir os interesses das grandes empresas e dos bancos dos seus países com os interesses dos seus cidadãos.Redação Gazeta da Beira

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