Manuel Silva

O GRUPO DE BILDERBERG

O grupo de Bilderberg foi fundado no dia 29 de Maio de 1954, num hotel de luxo com o mesmo nome, situado em Oosterbeek, na Holanda. O seu presidente actual é o francês Henri de Castris. Algum dia o(a) leitor(a) ouviu falar neste nome? É o chefe do governo do mundo inteiro como já iremos ver.

Aquele grupo foi fundado para aliar a Europa OcidentaL e os EUA, no pós-II guerra mundial, a pretexto de combater a influência dos países da cortina de ferro, como lhes chamava Winston Churchill.

O grupo de Bilderberg acabou por se tornar numa espécie de governo mundial, funcionando como uma sociedade secreta. Os seus dirigentes estão ligados ao alto capitalismo mundial, sendo, no entanto, pouco conhecidos. Normalmente, é assim que as sociedades secretas funcionam.

Nas suas reuniões periódicas são feitos convites à elite financeira e industrial mundial, bem como políticos conotados com os partidos socialistas, sociais-democratas, democratas-cristãos, liberais e conservadores. Os convidados não podem dizer o que lá foi discutido.

Entre aqueles convidados contam-se David Rockfeller, o genro de Trump, Henry Kissinger, Bill Clinton, Tony Blair, Mário Draghi, Christine Lagarde, Mário Monti, George Soros, Bill Gates, Juan Luis Cebrien, alguns portugueses como Marcelo Rebelo de Sousa, António Costa, Ferro Rodrigues, Rui Rio, António Guterres, Durão Barroso, José Sócrates, Ricardo Salgado, o ministro dos Negócios Estrangeiros de Salazar, Franco Nogueira, Jorge Sampaio, Artur Santos Silva, Nicolau Santos, Vitor Constâncio, Augusto Santos Silva, Fernando Teixeira dos Santos, Manuel Pinho, Elisa Ferreira, António José Seguro, Paulo Rangel, Manuela Ferreira Leite, Paulo Macedo, Nuno Morais Sarmento, Faria de Oliveira, Paulo Portas, Clara Ferreira Alves, Paula Amorim, Isabel Mota, Luis Amado, Nogueira Leite, Leonor Beleza, Guilherme de Oliveira Martins, José Manuel Galvão Teles, João Cravinho, Margarida Marante, António Barreto, Carlos Monjardino, Carlos Pimenta, Rui Machete, Lucas Pires, João de Deus Pinheiro, Torres Couto, Rui Vilar, Rogério Martins, Medeiros Ferreira e Pinto Balsemão, que, segundo os mentideros, será o representante máximo do grupo em Portugal.

Como se pode ver, no grupo de Bilderberg estão representantes do alto capitalismo e, a nível nacional e mundial, representantes de partidos de esquerda socialista, centro e direita.

É voz corrente que a constituição da União Europeia, um super-estado cada vez mais federalista, que impõe um pensamento único a todos os países a si pertencentes, tendo acabado, há muito, na prática, a soberania nacional de cada um deles, foi concebida em Bildergerg. Assim sendo, não estamos a ser governados por burocratas não eleitos de Bruxelas, pois os mesmos receberão ordens de Bilderberg, cujos responsáveis também não foram eleitos.

Há muitos anos, o belga Van Rompuy foi promovido a presidente do Conselho Europeu pelo grupo de Bilderberg. Também é afirmado que Margareth Thatcher, porque se recusou a entregar a soberania britânica a um super-estado europeu, o mesmo grupo esteve por detrás das manifestações contra a pool tax, a fim de o “europeísta” John Major liderar o Partido Conservador.

No princípio de 2013, Taro Aso, então ministro das Finanças do Japão, disse: “os cuidados de saúde para doentes mais idosos significam um custo desnecessário para o país” e que “a estes pacientes deveria ser permitido morrer rapidamente para aliviar a pesada carga financeira que representa o seu tratamento na economia japonesa.

Que Deus não permita que sejam forçados a viver quando querem morrer. Eu iria acordar sentindo-me incrivelmente mal por saber que o tratamento era totalmente pago pelo Governo”. Em 2018, a então directora geral do FMI e hoje presidente do BCE, Christine Lagarde, terá afirmado “os idosos vivem muito tempo e isso representa um risco para a economia global. Temos que fazer algo com urgência”. No final do ano seguinte surge o surto do “coronavirus”, cuja origem está por descobrir. Há teóricos da conspiração que dizem ter sido o vírus criado pelo grupo de Bilderberg. No entanto, não há provas concretas disso, nem da possível afirmação de Christine Lagarde.

O facto de não haver diferenças significativas entre a governação de esquerda e a governação de direita não se deverá só à falência do próprio socialismo democrático na economia, mas a tudo que acima vai dito sobre Bilderberg, de onde virá o pensamento único orquestrado pelo grande capital e a generalidade dos políticos submetidos ao mesmo.

A própria imprensa deixou de ser o quarto poder (contra-poder) para estar ao serviço do mesmo. Veja-se os órgãos de comunicação social do grupo de Balsemão. A SIC, que durante o cavaquismo foi um forte contra-poder, está com quem manda. Foi assim com Passos Coelho e, agora, com António Costa. Até o seu comentador semanal, aos domingos, ex-presidente do PSD, segue essa linha. O “Expresso” abandonou a sua informação irreverente, tendo feito o jogo do governo Passos-Portas como, presentemente, faz com o executivo chefiado por António Costa.

Perante este quadro, caro(a) leitor(a), acha que vale a pena votar, pensando que o faz em alternativas concretas dentro do mainstream? Já reparou que as promessas eleitorais do PS e do PSD ficam na gaveta como Mário Soares fez com o socialismo em 1977/78? Bilderberg explica tudo e é um inimigo poderoso da democracia.

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