João Gralheiro

O discurso do Sr. Silva

Ouvida que foi a verborreia de ódio antidemocrático do Sr. Silva, que aproveitando-se do cargo que ocupa usou os vários canais de televisão (hoje meras vozes do dono) para entrar na casa dos portugueses, teremos de concluir que das duas uma: ou a reação vagal que o tem vindo a atormentar lhe estará a retirar discernimento cognitivo-valorativo, ou que ele se prepara, através de esperteza pacóvia, para perpetrar um golpe inconstitucional saloio.
Que não cumprindo o que prometeu, indigite para 1º ministro o líder do partido que perdeu mais de 700 mil votos, que não tem maioria na AR e que sabe que terá moções de rejeição de partidos que têm essa maioria, não podendo assim vir a empossar tal governo, é com ele, embora essa opção possa ter consequências negativas para os portugueses, numa altura tão complexa como a que hoje se vive em Portugal.
Mas dizer a mais de 1 milhão de portugueses que os partidos em que votaram não podem ter aspirações a governar Portugal pois ele, em vez de defender e afirmar a soberania nacional, pretende que essa soberania se submeta a países ou instituições estrangeiras, aí até poderá estar a cometer um crime.
Não reconhecer a partidos legalmente constituídos, um deles matricial na luta contra a ditadura fascista e na afirmação de Portugal democrático, representativos de mais de 1 milhão de portugueses que no pleno exercício dos seus direitos constitucionais neles votaram, por isso tendo os seus deputados eleitos na AR, o direito a governar os destinos deste país é antidemocrático.
Deixar no ar que poderá não indigitar como 1º Ministro aquele que lhe for indicado pelos partidos que têm a maioria dos deputados eleitos, mantendo os filiados no seu partido no governo, isso, para além de antipatriótico, representará um saloio golpe de estado inconstitucional.Redação Gazeta da Beira

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