Francisco Queirós

ALDRABICES DÃO À “COSTA”…

Ed683_Debate-FranciscoQueirosNo debate televisivo que o primeiro-ministro Passos Coelho e o Líder do PS António Costa constituiu-se como um enorme/inenarrável e Inaceitável Exercício de Mistificação. De PURA ALDRABICE Mesmo! António Costa veio armado com gráficos que, pretensamente, “esmagariam” os quatro anos de Governo da Coligação. Mas o facto e que a sua interpretação manipulativa de números citados, fora de contexto não esconde a verdade mais objectiva: a Austeridade foi uma consequência da governação socialista anterior, cujo modelo Costa pretende agora repetir (de resto ele foi Ministro de Sócrates e seu “Acólito” em muitas das políticas que nos levaram à pré-bacarrora!). O aperto de cinto tem uma causa: a pesadíssima herança do consulado de José Sócrates. E isso não há gráfico que consiga desmentir…

Interpretação “criativa” de gráficos

António Costa pretendeu convencer os Portugueses de que o actual Governo, cheio de ideias perversas (um autêntico Carrasco, um Perverso Polimórfico!) , quis ir “além da Troika”. E apresentou o seguinte gráfico como prova da sua alegação:

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 O líder socialista, “manhosamente”, tentou branquear a evidência de que grande parte da responsabilidade pelo aumento de austeridade em 2012 reside na governação socialista dos anos anteriores. Citando a apresentação de Vítor Gaspar: “Em 2011 e 2012, as medidas de consolidação orçamental executadas ascenderam a 18 mil milhões de euros. Este é um exemplo paradigmático do esforço de ajustamento. Reflecte também a capacidade de adaptação das autoridades às adversidades do processo. Em 2011, não obstante um volume significativo de medidas adicionais, não foi atingido o valor de poupanças previsto no Programa de Estabilidade e Crescimento (PEC III). Em 2012, foi então necessário executar um conjunto de medidas adicionais acima do inicialmente definido, de forma a controlar a forma do ajustamento orçamental”.

Clarificando: em 2011 o Governo Socialista de Sócrates falhou redondamente o Controlo das Contas Públicas com que se havia comprometido. Logo sobrou para quem veio a seguir (a Coligação) o esforço de Consolidação Orçamental de os Socialista foram incapazes. Era suposto Portugal ter um deficit de “apenas” 10 mil milhões de euros nesse ano, mas a execução final do orçamento deixou um buraco de 13 mil milhões nas contas! O esforço adicional passou para 2012, com o “enorme aumento de impostos” pelo qual Vítor Gaspar ficou célebre.

Supostamente o Governo foi “além da troika”… mas não foi de facto: ficou aquém dos objectivos acordados com a mesma por uma margem de 2 mil milhões de euros em 2012: estava acordada uma redução do deficit para 8 mil milhões, mas o Estado Português ficou-se pelos 9 mil milhões! Já em 2013 o nosso deficit cifrou-se 3 mil milhões acima do que foi acordado originalmente!

A Oposição acusava sistematicamente o Governo de não Renegociar o Memorando de Entendimento. Mas de facto o Governo conseguiu tal renegociação e por isso esse incumprimento de 3.000 milhões de Euros foram aceites pelos nossos Credores Internacionais!

Curiosamente, o facto indesmentível da renegociação dos termos do acordo, encontra-se disponível no mesmo documento de onde Costa tirou o gráfico para o seu “soundbite”… convenientemente Costa ignorou o que não lhe convinha para demonstrar a sua “Burlesca” teoria!

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Do Documento Original de onde foram extrapolados estes gráficos percebia-se que levar “à letra” o memorando implicava que se tivesse de cortar ou ir buscar à receita mais cerca de 7.000 milhões de Euros!. E que tal não foi feito porque a Renegociação do Memorando assim o permitiu! Afinal, ao contrário do que dizia a Oposição, o Governo renegociou as condições com os Credores de forma a que, mantendo a credibilidade do esforço/processo de Consolidação Orçamental, o impacto Social e Humano dos custos da Austeridade!

Quer-me parecer que a Relação de António Costa com a Verdade já terá conhecido melhores dias! Lamentável…Redação Gazeta da Beira

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