Escavações Arqueológicas na Anta da Lapa da Meruje em curso

Equipa das universidades de Lisboa e do Algarve já está no terreno

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Entre 3 e 15 de julho teve lugar a primeira campanha de escavações arqueológicas prevista para a anta da Lapa da Meruje, na freguesia de Cambra e Carvalhal de Vermilhas.

Estas campanhas de escavações, que se prolongarão sucessivamente até 2018, têm como objetivo estudar a arquitetura e as fases de utilização deste importante monumento funerário pré-histórico, cuja construção deverá ter ocorrido há cerca de seis mil anos, no período neolítico.

Acresce ao interesse científico da anta também o facto de ter sido noticiada e explorada pela primeira vez na década de 1920 pelo Professor Aristides de Amorim Girão, natural de Vouzela, professor de geografia na Universidade de Coimbra e pioneiro da arqueologia da antiga região de Lafões.

As escavações deste ano contam com a participação de alunos de licenciatura e mestrado de arqueologia  da Universidade do Algarve e da Universidade Nova de Lisboa, que trabalharão nestas escavações com voluntários locais apaixonados pelo passado da sua região.

Estes trabalhos de escavação inserem-se no projeto de investigação sobre o património histórico-arqueológico do concelho de Vouzela, recentemente aprovado pela Direção-Geral do Património Cultural (Ministério da Cultura) para o quadriénio de 2016-2019. Promovido por iniciativa da autarquia, este projeto resulta de protocolos de colaboração firmados em 2015 com referidas universidades e tem em vista a inventariação, estudo e valorização do património vouzelense.

 

Dia aberto

No sábado, dia 9 de julho, entre as 9h e as 16h, decorreu um “Dia Aberto”, com a abertura destes trabalhos ao público, em particular aos residentes na freguesia. Que teve a maior adesão com a visita de curiosos da área e não só.

O responsável pelos trabalhos esteve disponível para apresentar o sítio arqueológico, os trabalhos em curso e os resultados esperados, a todos os que se dirigiram às escavações naquele horário,não houve necessidade de marcação prévia, o público acedeu ao local utilizando para o efeito o passadiço em madeira existente.Redação Gazeta da Beira

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