Entrevista a Carlos Alberto Rodrigues de Almeida

A rubrica “Gente Que Ousa Fazer” será assente numa entrevista a alguém que tenha algo válido no seu percurso de vida. Gente que sabe o que quer e, acima de tudo, que luta por aquilo que quer. As entrevistas serão sempre encaminhadas de forma a mostrar o lado melhor que há em cada um de nós e, dentro do possível, ousar surpreender o leitor. Serão entrevistas com a marca das nossas gentes, da região Viseu Dão Lafões, de todos os quadrantes e faixas etárias. Vamos a isso!

  • Paula Jorge

Ficha Biográfica

Nome: Carlos Alberto Rodrigues de Almeida

Idade: 59 e uns trocados

Profissão: Professor

Livro preferido: A Bíblia – sobretudo o Antigo Testamento (entre outros livros naturalmente)

Destino de sonho: os livros (quando interessantes)

Personalidade que admira: Leonardo da Vinci (ontem); Tolentino de Mendonça (hoje)

 

 

Muito obrigada, Dr. Carlos Almeida, por mostrar disponibilidade para esta entrevista da rubrica “Gente Que Ousa Fazer”.

Paula Jorge (PJ) – Comecemos pelo princípio. Descreva-nos o seu percurso académico.

Carlos Alberto Rodrigues de Almeida (CA) – Tive a experiência da escola primária do Antigo Regime salazarista, com vários professores, um deles maneta muito agressivo e que me marcou em termos emocionais, depois a Telescola com os falecidos cónego José Simões Pedro e o padre Libório, a professora Dona Arménia que ainda vive em Santa Cruz, e depois colocou-se a grande questão: ir para Padre (fui sondado pelos irmãos Combonianos) ou ir para o Liceu (em S. P. do Sul) o que viria a acontecer por pressão da minha madrinha, depois segui a escola secundária em São Pedro do Sul nos anos 70; feito o 12.º ano meus pais fizeram ainda o enorme sacrifício de me pagar estudos superiores (meu pai era emigrante em França) e não conseguindo seguir Belas Artes, fui para a Universidade do Porto (Fac. de Letras ) no curso de Arqueologia e História de Arte (início anos 80)…

 

PJ – Pode partilhar connosco o seu percurso profissional?

CA – Iniciei a atividade profissional em Lamego, no ensino Básico, em 1983, para experimentar, desanimado com as fracas perspetivas de uma carreira na Arqueologia profissional na altura; depois fui chamado ao serviço militar obrigatório, curso de Comandos na Amadora, e depois Viseu, e não sentindo vocação militar, regressei ao ensino básico; passei então por algumas escolas do ensino básico – Sernancelhe; Vouzela; Viseu; Tramagal;… entre 1988 e 1993 trabalhei nas áreas da Informação/Gestão e Coordenação de Projetos Juvenis no FAOJ/IPJ de Viseu em regime de destacamento e requisição, por convite do grande amigo Prof. Adriano Azevedo, então Diretor local da instituição; Lecionei no Instituto Jean Piaget de Viseu entre 1999 e 2006 em acumulação, na área da Construção de Formas Animadas (fantoches/marionetas) para os cursos do Ensino Básico (variantes de Ed. Física, Ed. Musical. Ed. Visual, educadores de infância e docentes do 1.º Ciclo).

Leciono desde 2003 as disciplinas de História (e agora também Cidadania) na Escola Básica do 2.º e 3.º ciclos do Viso – Viseu, com funções de Coordenador de Projetos, Coordenador de Clubes e Exposições, e da disciplina de Cidadania e Desenvolvimento.

 

PJ – É dirigente associativo/animador cultural na Associação GICAV. Quando é que este projeto começou a fazer parte da sua vida e atualmente que posição ocupa?

CA – O GICAV é um coletivo com mais de trinta anos de existência, inventado por dez jovens entusiastas em 1987 (cinco homens e cinco mulheres entusiastas da Cultura) e vocacionado para a intervenção e criatividade nas áreas artísticas e culturais na região de Viseu, e que apostou em sectores específicos onde nenhuma outra associação da região investiu, como a Banda Desenhada, a divulgação do Património, o teatro de Marionetas, as artes circenses. Para além destes projetos tem uma revista trimestral de animação sócio – cultural, responsável pela atribuição anual dos Prémios Animarte à cultura, associativismo, artes em geral, ciência e criatividade. Estes prémios são únicos na região e premeiam personalidades e projetos. O Gicav também realiza exposições de jovens artistas, edita obras em prosa, poesia e teatro, desenvolve projetos na área do teatro e circo, realizava anualmente o Salão Internacional de Banda Desenhada em Viseu (do qual eu fui coordenador durante muitos anos), realizava o festival de artes circenses, o salão de caricatura de Viseu, e apoia ainda projetos de outras associações. Neste momento continuo a coordenar o departamento da Banda Desenhada (este ano iremos realizar no verão uma exposição dedicada a Aquilino Ribeiro na Banda Desenhada, bem como a edição da adaptação para BD da obra o Malhadinhas, e a edição de um fanzine de BD e Ilustração), sou Presidente do júri dos Prémios Animarte, também Presidente da Assembleia da Associação, e colaborador assíduo na revista Animarte.

 

PJ – Foi em Santa Cruz da Trapa, de onde é natural, que se iniciou nas lides culturais e nas artes plásticas, fundando o movimento juvenil GUJAP, nos finais dos anos de 1970, e depois a Associação ARCA, nos anos oitenta. Quer falar-nos destes dois grandes marcos e de outros em que esteja envolvido na vila de Santa Cruz da Trapa?

CA –  Tudo começou pela minha adesão ao GRUTASC, um grupo juvenil de teatro local, a convite do grande amigo Fernando Alberto, ali pouco depois de abril de 1974, quando a juventude começou a desejar maior intervenção cultural; A ARCA é o produto de uma evolução natural, diria hoje, de um grupo anterior que eu também fundei, denominado GUJAP, um grupo de animação paroquial ligado à pastoral juvenil em Santa Cruz, que eu acabei por liderar em 1978 com a ajuda do falecido Padre Libório. A partir da ação católica na região, dos encontros de jovens com recurso à música e ao teatro, do grupo coral de igreja, da edição de um Boletim, foi nascendo a ideia de legalizar o grupo e dar-lhe outra autonomia e amplitude cultural. Contactos com o antigo FAOJ (hoje Instituto Português do Desporto e da Juventude) fizeram crescer em mim a ideia de transformar um simples grupo paroquial numa associação, com estatutos, objetivos, programa cultural, para ter acesso a subsídios estatais. O GUJAP teve uma vida atribulada, uma vez composto por uma geração “inquieta e inquietante” para muitos, confrontando os poderes e as instituições locais e arriscando levar o nome de Santa Cruz mais além. A ARCA nasceu da necessidade de evolução, quando o GUJAP já não respondia ao caudal de atividade cultural desenvolvida e a maiores voos que alguns sócios como eu ambicionavam.

 

PJ – Integra a Confraria dos Gastrónomos de Lafões desde 2013, sendo atualmente (2020) o Vice-Presidente da Direção. Fale-nos da sua prestação neste grande projeto.

CA – A Confraria dos Gastrónomos de Lafões é uma irmandade solidária e voluntária de gente que ousa fazer, vocacionada para a preservação e divulgação dos nossos valores gastronómicos comuns e ancestrais, produtos e pratos de excelência da nossa gastronomia regional, como são exemplos a vitela de Lafões, os pastéis de Vouzela, o cabrito serrano, os vinhos de Lafões, entre outros. Nasceu há 23 anos e tem sede em Vouzela, embora defenda a gastronomia dos três concelhos de Lafões. Desde que me integrei que tenho proposto e colaborado em diversos projetos e atividades, como a edição da Carta Gastronómica de Lafões, um livro sobre as Plantas e Ervas aromáticas de Lafões, e mais recentemente na proposta da criação do Centro Interpretativo da Gastronomia de Lafões, e da edição de obras escritas sobre o saudoso Chefe Silva e sua ligação a Lafões, e a Rota dos Vinhos de Lafões, ambos em preparação. A Confraria está também ao lado dos produtores, da restauração de excelência, e de todos os que gostam de Lafões e pretendem o melhor para este vale encantado e suas serras mágicas. É uma associação interventiva, que muito vem contribuindo para a divulgação e promoção de Lafões cá dentro e lá fora.

 

PJ – O Dr. Carlos Almeida tem uma obra feita. Como começou a paixão pela escrita?

CA – Foi na minha adolescência que fui descobrindo o gosto pela escrita, paralelamente ao gosto pela leitura, sobretudo de Banda Desenhada. Os romances juvenis inspiravam os meus dias e os meus sonhos, e no meu dia-a-dia ia construindo histórias que esperava um dia vir a escrever. Como não havia dinheiro para comprara livros, eu requisitava obras da Biblioteca Itinerante mensalmente e copiava depois em cadernos os livros para mim e as próprias ilustrações (ainda guardo essas cópias volumosas); minha madrinha que vivia em Lisboa descobriu esse meu gosto pelos livros e começou a oferecer-me livros como prendas no natal e na Páscoa… e assim comecei a construir a minha própria biblioteca… hoje tenho milhares de livros em casa. Quando fundei com amigos meus a associação Gujap (mais tarde ARCA, em Sta. Cruz da Trapa) no final dos anos 70, tive a oportunidade de começar a escrever com regularidade para o boletim que então criámos em conjunto. Comecei a escrever artigos de opinião e intervenção, poemas e entrevistas, e foi determinante para desenvolver um verdadeiro prazer da escrita. Mais tarde já em Viseu surgiu a oportunidade de começar a publicar.

 

PJ – Pode falar-nos do seu percurso na escrita, enunciando as suas publicações/obras e ainda em coletâneas em que tenha participado?

CA – Gosto mais de escrever poesia, brincar com as palavras e o seu sentido, emprestar as palavras o ritmo e a musicalidade que as leva a outros sentidos, outras interpretações. A poesia aproxima-nos mais dos sentimentos, das sensações da alma, do canto das aves e da luz do nascente ou do poente. Gostava de ter sido poeta desde sempre, de viver a escrever versos sobre versos como forma de vida, mas não encontrei em mim essa verdadeira paixão. Publiquei dois pequenos trabalhos de poesia já la vão muitos anos, através da associação GICAV que ajudei a fundar em Viseu no final dos anos 80 (Versos ante verso; Alma penada); participei depois na V Antologia da poesia contemporânea portuguesa, da editora Minerva; publiquei ainda pelo Gicav a coletânea de contos “Actos de necessidade”. Mais recentemente a Palimage editou o meu livro de poemas “Versos concêntricos” e pelo Gicav editei nova coletânea de contos (histórias verídicas) intitulado “Historias que chegam a ser comoventes … ou a redundância do passado”. São relatos de episódios que eu próprio vivenciei e que por vezes revelam o lado mais caricato ou emotivo da nossa existência. Depois seguiram-se quase anualmente (e ultimamente à cadencia de uma obra ou mais em cada ano) os seguintes títulos: Ode à cidade de Viseu (Quartzo editora – 2013), Santa Cruz da Trapa – Verso e Reverso (Quartzo Editora – 2013); “A Osmose do Ser” (Artelogy- Porto 2015); Reflexos e Refúgios (poesia ilustrada- Editora Exemplo 2017);  Mentes Criminosas- contos/edições esgotadas (2017); Mitos Urbanos – Contos (edições Esgotadas 2018); Romance “O Pagador de Promessas – 2019 – Edições Esgotadas.  Depois existem trabalhos adiantados, nomeadamente alguns sobre a nossa região de Lafões, que espero um dia poder editar.  Para além da escrita propriamente dita, estou ligado a alguns projetos relacionados, nomeadamente o INSTITUTO OLHAR DA LÍNGUA PORTUGUESA NO MUNDO , que organiza encontros literários entre escritores/poetas da Lusofonia, e edição de livros, e ainda lancei aqui em Santa Cruz da Trapa o projeto VILA POESIA,  procurando transformar santa Cruz da Trapa numa vila de poetas e de encontros/edições, tendo realizado já um grande encontro de Poetas em 2018 (com poetas do Brasil também) e a edição de dois livros/coletâneas de poesia intituladas CONVERSOS. Para além dessas coletâneas, pois tenho participado em múltiplas, sobretudo de Poesia, das quais destaco ““Poesia Contemporânea”, Páginas Lentas (Gicav), “Antologia Poética Viseu 2011”, “Palavras (Com)sentidas” – coletânea de contos (Vieira da Silva), Antologia “O Olhar da Língua Portuguesa no Mundo “ -2016; ConVersos (Vila Poesia- Sta Crus da Trapa 2018); Contos de Natal Ed. Esgotadas 2019 entre outras…

 

PJ – Tem no seu currículo alguns prémios conquistados ao nível da escrita. Pode referi-los?

CA – Sim principalmente o “Concurso Nacional de Poesia 2014”; nos Jogos Florais da Feira São Mateus e CM Tondela em Poesia e Prosa; mas o que me deu mais prazer foi o Concurso Nau dos Sonhos da Ass. Portuguesa De Poetas – 1.º Prémio em 2017 e 2018, pois era um Concurso nacional), e mais recentemente nos Jogos Florais de Tarouca 2020 (1.º prémio Poesia/Quadra…) estes os que me deram maior prazer.

 

PJ – Desenha e pinta desde os anos setenta do século XX e possui obras artísticas em coleções particulares. Fale-nos desta sua outra faceta.

CA – Muito se diz do resultado do trabalho artístico, produto de muita transpiração e alguma inspiração. A uma procura continuada de soluções técnicas soma-se uma inevitável experimentação de emoções, de vivências ligadas ao mundo das artes, de experiências sentimentais. Uma cena mais dramática num palco de teatro ou numa esquina da rua, uma frase ou cena de um filme, um parágrafo de um livro, um gesto de afeto ou de desprezo podem tornar-se momentos de inspiração. Relativamente à pintura, inspiro-me muito na temática da mulher enquanto musa e apelo desconcertante ao amor e ao romance (fotos, banda desenhada, cinema, história). Mas tive também fases de pintura do património, talvez pelo meu gosto pela História e pela História da Arte, hoje em dia por onde passo em passeio ou trabalho tento sempre desenhar algum aspeto do património local. Depois as obras vão-se vendendo, não podemos guardar tudo o que produzimos, são centenas de obras em quatro décadas, claro. Possuo obras artísticas em coleções particulares (Lisboa, Porto, Coimbra, Algarve, Viseu, Pombal, Tramagal, Peniche, Mafra, Carregal do Sal, S. Pedro do Sul, Avanca, …) e no estrangeiro (Moçambique, Argentina, Espanha, França, Grécia, Áustria, Canadá e EUA…). Apresentei exposições em Lisboa, Castelo Branco, Tramagal, Óbidos, S. Pedro do Sul, Nelas, Carregal do Sal, Santa Comba Dão, Penalva do Castelo, Tondela, para além de variadas mostras individuais e coletivas em Viseu, desde 1987 (III Salão Pintura da Feira de S. Mateus).

 

PJ – Colabora assiduamente com a Revista Animarte (GICAV) da qual foi cofundador. Pode falar-nos desta experiência?

CA – A revista Animarte é um projeto sui-generis… é o nosso tesouro. Uma revista trimestral com trinta anos, feita por uma associação sem fins lucrativos, de distribuição gratuita, é algo incomum, eu diria mesmo ímpar no panorama nacional. Foi um murro no estômago quando apareceu, hoje é um instrumento essencial para a História Cultural e Artística do distrito de Viseu nas últimas quatro décadas. A revista mantém-se ativa porque vai vivendo da carolice da equipa redatorial, e da colaboração de um generoso e sempre disponível corpo de parceiros amigos em diferentes áreas. Eu colaboro com artigos sobretudo nas áreas do associativismo, património, artes plásticas e de palco, e literatura naturalmente.

 

PJ – Como estão a viver a atual situação, devido à covid-19, dentro das instituições culturais das quais faz parte?

CA – A Cultura será em sentido figurado o oposto do isolamento (sobretudo quando este de cariz obrigatório sob efeito de uma perigosa pandemia).

A ação cultural pressupõe um provável e expectável destinatário, uma proximidade das comunidades por vezes desejada fisicamente e que se contagie em forma e interatividade. Os atores e agentes da Cultura e das Artes (os de palco em particular) necessitam dessa empatia estabelecida entre o destinatário e a criação real em formas de relacionamento saudável e em liberdade tanto quanto em provocação… e esta pandemia veio travar este enleio e relacionamento salutares.

Felizmente os atore criativos mostraram novamente capacidades de resiliência e foram surgindo nas televisões e na internet diversas plataformas e propostas de criação e interação recorrendo em alguns casos a plataformas de comunicação por videoconferência (sessões de Poesia, espetáculos de dança e teatro, miniconcertos, …).  A Cultura continua a ser desejada como imperativo de liberdade de ação e expressão, aguardando-se por um progressivo retorno a uma normalidade que não será como dantes, exigindo recursos das instituições da tutela e das autarquias, e outros fôlegos de criatividade. A Cultura é a alma de um povo. Eu sou muito crítico face às autarquias e intuições de responsabilidade social que não acarinham a Cultura e o seu património, penso que é um crime e por tal deveriam ser punidos.

 

PJ – Para além de todas as vertentes que fomos enumerando, que outras paixões nutre, que o completam enquanto pessoa?

CA – Enquanto professor tem sido dolorosa esta situação do ensino à distância, pois eu privilegio a empatia e a provocação salutar e crítica dos alunos em contexto de sala de aula… isto assim como está tem sido uma desilusão e esperemos que possamos voltar a uma normalidade em sala de aula ou na escola, em presença. Para mim a docência é também uma atividade apaixonante, ou não teria aguentado mais de trinta anos a lecionar. Depois é a necessidade de estar permanentemente a envolver-me em novos projetos, seja na escola, seja nas artes, seja nas associações. projetos que possam de alguma forma contagiar os outros, levá-los a reagir, a pensarem em fazer algo também…  tenho uma verdadeira aversão à inatividade, sabe?

 

PJ – Apenas numa palavra, pode descrever-se?

CA – Numa é difícil, mas aqui ficam três: um permanente intranquilo, desassossegado, apaixonado pelas emoções da existência…

 

PJ – Para fechar esta entrevista, o que me diz o seu coração?

CA – O meu coração diz (e vou buscar os meus versos)

“venho gritar-te

que vivas e sobrevivas

sobre as ondas

poluídas

e armadilhadas

sobre o calor das velas

derretendo ao luar

abandonadas na terra armadilhada…”

 

PJ – Quero, em meu nome pessoal e em nome da Gazeta da Beira, dizer-lhe que foi uma enorme honra, Dr. Carlos Almeida. Desejo-lhe a continuação de um excelente trabalho e MUITO OBRIGADA! Peço-lhe que deixe uma mensagem a todos os nossos leitores, em particular, e aos sampedrenses, em geral.

CA – Em primeiro lugar um caloroso abraço nestes tempos de isolamento e incerteza… e que não desanimem pois seremos capazes de regressar a um presente com futuro… depois que lutem por aquilo em que acreditam, como eu sempre lutei, pois isso nos dá forças para avançar… e ainda que procurem ser genuínos, que se afirmem pelo que pensam e pelo que são, defendendo os seus princípios e tradições, a nossa Cultura genuína e o nosso Património, pois isso é o que de mais importante deixaremos como legado para os nossos descendentes… tudo o resto desaparecerá com o tempo… procurem ser naturalmente felizes, pois a felicidade (de cada momento especial e particular) é o que de mais importante temos nesta existência passageira, e sentindo-nos felizes estamos a trabalhar para a felicidade de outros que nos rodeiam, acreditem.

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