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Dia Mundial da População – o número de pessoas a atingir os 100 anos aumentou 77% na última década em Portugal

Dia Mundial da População – o número de pessoas a atingir os 100 anos aumentou 77% na última década em Portugal

O Dia Mundial da População, adotado em 1990 na Assembleia Geral das Nações Unidas, é celebrado anualmente a 11 de julho, com o objetivo de sensibilizar para as questões relacionadas com a população e reconhecer a importância das políticas demográficas no desenvolvimento socioeconómico dos países e das regiões.

A Pordata, a base de dados estatísticos da Fundação Francisco Manuel dos Santos, divulgou, neste Dia Mundial da População, uma análise que retrata a geração com 65 e mais anos em Portugal.

A inversão da pirâmide demográfica, que significa um cada vez maior peso dos idosos no conjunto da população, é um dos maiores desafios do século XXI. Em Portugal, a população idosa duplicou nos últimos 36 anos – hoje, 24% da população portuguesa tem 65 anos ou mais.

Em Lafões, o concelho com maior índice de envelhecimento é São Pedro do Sul, com cerca de 334 idosos por cada 100 jovens (até 15 anos de idade), seguindo-se Vouzela com 315 e Oliveira de Frades com 204. Nos últimos 20 anos (2001-2021), foi de facto Oliveira de Frades que menos aumentou o peso relativo de idosos na população. Tinha 19,5% em 2001 e passou a 24,9% em 2021, enquanto Vouzela passou de 22,1% para 31,5% e São Pedro do Sul de 23% para 32,8%.

O problema não se encontra no aumento da esperança média de vida, antes pelo contrário, a dificuldade está na diminuição acentuada da população mais jovem.

O futuro das economias e sociedades depende da forma como se enfrentará esta questão no curto prazo, importando, por isso, avaliar as condições em que a população mais idosa vive atualmente. Um Serviço Nacional de Saúde público, universal e de qualidade é crucial, bem como uma Segurança Social que garanta qualidade de vida aos idosos. O desenvolvimento de instrumentos de apoio domiciliário ou em instituição para quem vai perdendo autonomia torna-se cada vez mais essencial.

É possível perceber, por exemplo, que o número de pessoas a atingir os 100 anos aumentou 77% na última década; que mais de meio milhão de idosos vivem sozinhos; que, para 90% das pessoas com 65 ou mais anos, a reforma ou pensão é a principal fonte de rendimento; ou que mais de 400 mil (17%) se encontram em risco de pobreza, vivendo com, no máximo, 551 euros por mês.

A pensão média de velhice da Segurança Social em 2022 era de 581,5€ e as pensões de aposentação e reforma da Caixa Geral de Aposentações de 1.341,94€. Já o valor mínimo mensal das pensões do regime geral da Segurança Social era de 278€ para a pensão de velhice e invalidez. Contudo, se descontarmos a inflação, estas pensões sofreram uma redução, face a 2021, de 16,80€.

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