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Igreja Católica: Papa afirma que ser homossexual faz parte da condição humana e contesta a sua marginalização e criminalização

Igreja Católica: Papa afirma que ser homossexual faz parte da condição humana e contesta a sua marginalização e criminalização

No regresso da sua recente viagem a África, o Papa reforçou a sua oposição à criminalização da homossexualidade.

“A criminalização da homossexualidade é um problema que não podemos deixar passar”, referiu aos jornalistas que o acompanharam no voo entre Juba e Roma.

Retomando a reflexão que apresentou numa recente entrevista à agência noticiosa dos EUA Associated Press, o Papa sublinhou que ainda há, pelo menos, 50 países que criminalizam a homossexualidade, de alguma forma, e em dez a lei chega a prever a pena de morte.

“Isso não está certo, as pessoas com tendências homossexuais são filhas de Deus, Deus ama-as, Deus acompanha-as. Condenar tal pessoa é um pecado, criminalizar pessoas com tendências homossexuais é uma injustiça”, declarou.

Francisco recordou que o Catecismo da Igreja Católica diz que os homossexuais “não devem ser marginalizados”. “Penso que a questão sobre este ponto é clara”, insistiu.

O Papa recordou as suas declarações de 2013, no voo de regresso desde o Rio de Janeiro, quando disse: “Se uma pessoa com tendências homossexuais é crente, procura Deus, quem sou eu para a julgar?”.

Já em 2018, após uma viagem à Irlanda, Francisco criticou as famílias que rejeitam os seus filhos por serem homossexuais.

“Disse claramente aos pais: as crianças com esta orientação têm o direito de ficar em casa, não se pode expulsá-las de casa”, indicou.

Francisco sustentou que, neste campo, há bispos que precisam de um “processo de conversão”, para tratar todas as pessoas com “ternura” e considerou que “ser homossexual não é um crime, é uma condição humana”.

09/02/2023


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