Em Foco 842

Inflação na região atinge os 8,9%, valor máximo dos últimos 14 anos, e salários permanecem em queda

Com valores relativos ao terceiro trimestre de 2022, na Região Centro que inclui a sub-região Viseu Dão Lafões, o desemprego continuou a diminuir, o emprego a aumentar e o salário real dos trabalhadores por conta de outrem permaneceu em queda.

De acordo com o Boletim Trimestral “Centro de Portugal” da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento da Região Centro, a taxa de inflação aumentou muito expressivamente na região, contribuindo para a deterioração da maioria dos indicadores do consumo das famílias. A subida de preços nos produtos alimentares foi de 15,1%, na habitação, água, eletricidade, gás e outros combustíveis o aumento dos preços atingiu os 18,1%.

No mercado de trabalho continuou a assistir-se a uma redução do desemprego e um aumento do emprego, o que já se verifica há mais de um ano. Também a taxa de atividade e a população ativa cresceram. Em contraste, o salário médio líquido mensal dos trabalhadores por conta de outrem permaneceu em queda, acentuando as variações negativas registadas nos dois primeiros trimestres do ano. A inflação está a provocar uma forte erosão nos salários e pensões, diminuindo o rendimento real de uma grande parte das famílias da região.

No trimestre em análise, o salário médio líquido mensal dos trabalhadores por conta de outrem da Região Centro fixou-se nos 965 euros, resultado de uma diminuição real de 8,72%. De salientar que o salário médio regional continua abaixo do salário médio nacional (1.034 euros), apesar deste também ter registado uma quebra real (de -6,34%). A redução observada neste indicador decorre significativamente do aumento do nível geral dos preços, que continuou a ser elevado no trimestre.

No setor empresarial da região assistiu-se a um aumento das empresas constituídas e a uma redução expressiva das ações de insolvência face ao período homólogo. A atividade turística manteve-se em crescimento na região e no país, o que se verifica já há mais de um ano, denotando uma clara recuperação do setor face aos períodos mais afetados pela pandemia por COVID-19.

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