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“Tinto no Branco” é já um caso de sucesso

2.ª edição do Festival traz milhares ao Solar do Vinho do Dão

“Tinto no Branco” é já um caso de sucesso

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O balanço feito pela organização do 2.º Festival Literário Tinto no Branco e do 3.º salão de Vinhos de Inverno, que decorreu em Viseu no passado fim de semana, é “motivador e altamente positivo”. A segunda edição do “Tinto no Branco”, o festival literário que junta o vinho do Dão e os livros e que decorreu entre a passada sexta-feira e domingo último, levou seis mil pessoas ao Solar do Vinho do Dão.

O Solar do Vinho do Dão encheu-se ao longo de três dias com visitantes de todas as idades. Almeida Henriques, presidente da Câmara de Viseu, diz notar que o vinho começa a atrair todas as gerações. “No sábado à noite viam-se muitos jovens no Solar do Dão e durante a tarde pessoas com mais idade”, afirmou.

O evento que junta o gosto pelos vinhos e pelos livros, tende a consolidar Viseu como cidade vinhateira 365 dias por ano e a conquistar um lugar no cartaz literário do país. A Câmara Municipal de Viseu e a Viseu Marca, entidades organizadoras, estimam que o número de pessoas que passou pelo Solar do Vinho do Dão terá aumentado em relação ao ano passado cerca de 20 por cento.

O pontapé de saída da segunda edição do Festival Tinto no Branco foi com dois autarcas vizinhos. Rui Moreira veio do Porto a Viseu e esteve ao lado de António Almeida Henriques na abertura do festival literário para falar da relação entre as cidades e a literatura. De copo de vinho do Dão na mão, os presidentes de câmara deixaram a conversa fluir com a moderação do escritor Francisco José Viegas.

“Tinto no branco” foi este ano dedicado ao “Amor de Perdição” de Camilo Castelo Branco, em que parte da narrativa do livro decorre em Viseu. “Para o ano gostávamos de trazer um escritor de língua portuguesa, marcante da lusofonia”, adiantou o autarca de Viseu.

Ao longo de três dias, os 40 momentos de programação incluíram conversas e espetáculos literários, provas de vinhos e sabores do Dão, ateliês artísticos, apresentação de livros, workshops vínicos, “Dão parties” e concertos. No evento participaram 30 escritores, entre romancistas, poetas, historiadores, ensaístas e cronistas.

“Tinto no Branco” é um bom exemplo da ligação imaginativa entre dois produtos de excelência e de profunda substância cultural – vinho e literatura – para a mobilização dos territórios e das suas gentes. Esta é cada vez mais a missão das autarquias, depois dos ciclos esgotados do betão e do alcatrão

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