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Diocese de Viseu recebeu lista com cinco sacerdotes identificados pela Comissão Independente para o Estudo dos Abusos Sexuais de Crianças na Igreja Católica

A Diocese de Viseu informou que recebeu uma lista com cinco sacerdotes, identificados pela Comissão Independente (CI) para o Estudo dos Abusos Sexuais de Crianças na Igreja Católica, relativos a casos anteriormente “tratados segundo as normas aplicáveis”.

“Todos estes já eram do meu conhecimento e já tinham sido tratados segundo as normas aplicáveis quer a nível canónico quer a nível civil, tendo também sido entregues ao Ministério Público”, indica D. António Luciano, bispo local, em nota enviada à Agência ECCLESIA.

O documento surge na sequência da entrega de uma lista, pela CI, aos responsáveis católicos de Portugal, no último dia 3 de março, com nomes de alegados abusadores, referidos nos testemunhos recolhidos pelo relatório final desta comissão, apresentado publicamente no dia 13 de fevereiro.

Esta comissão fez chegar à Diocese de Viseu “uma lista onde constam cinco nomes de sacerdotes”.

“Em nome de toda a Diocese, renovo o pedido de perdão a todas as vítimas de qualquer abuso na Igreja e expresso o compromisso de todo o cuidado e apoio às mesmas, empenhando-me no acompanhamento e prevenção, continuando a ‘dar voz ao silêncio’”, escreve o bispo diocesano.

As famílias devem saber que a Igreja não poupa esforços para tutelar os seus filhos e têm o direito de se dirigir a ela com plena confiança, porque é uma casa segura”.

  1. António Luciano deixa uma mensagem às vítimas de abusos cometidos por membros da Igreja Católica, comprometendo-se a “continuar a acompanhar e a dar as melhores respostas”.

Na nota tornada pública no passado dia 9 de março, o bispo de Viseu não esclarece qual a situação atual dos cinco padres da diocese que constam da lista entregue pela CI, se continuam ou não no ativo.

De acordo com notícia do “Jornal do Centro”, um dos cinco padres viu o seu processo ser arquivado pela Santa Sé, mantendo-se no ativo. Três outros nomes, sacerdotes também ainda em funções, resultaram de denúncias anónimas e o quinto, que já foi suspenso, refere-se ao padre Luís Miguel que está com processo em Tribunal, acusado de assediar um menor de 14 anos. Segundo a declaração de D. António Luciano, todos estes casos foram entregues para investigação ao Ministério Público.

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