Ecossistema do Rio Paiva mais rico

Quercus liberta 4 mil mexilhões

Ed658_Mexilhoes-QuercusNo passado dia 9 de julho, no Rio Paiva, em Castro Daire, a Quercus libertou cerca de 4 mil juvenis de mexilhões-de- rio, o objetivo  é renovar a população deste ecosssitema, agora, envelhecida. Esta ação foi promovida no âmbito do projeto LIFE – ECOTONE- Gestão de habitats ripícolas para a conservação de inverterbrados ameaçados, uma iniciativa cofinanciada pelo Programa LIFE+ da União Europeia, que tem como entidades parceiras a APA – Agência Portuguesa do Ambiente e o Município de Castro Daire.

Com o objetivo de aumentar a população envelhecida que existe no Rio Paiva, foram libertados os juvenis de Mexilhão-de-rio-do-norte. Estes bivaldes de água doce foram reproduzidos em cativeiro, nas instalações do Posto Aquícola de Campelo, em Figueiró dos Vinhos, onde foi recriado o processo que ocorreria na natureza.

Devido às suas características biológicas únicas, os mexilhões-de-rio são excelentes indicadores ambientais, funcionando como sentinelas. São animais filtradores, alimentando-se de algas e partículas em suspensão na água. Têm uma longevidade elevada e o seu ciclo de vida depende de determinadas espécies de peixes, às quais se fixam as larvas parasitas. Por este motivo, têm uma dependência direta de diversas componentes do ecossistema, contribuindo eles próprios para moldar esse ecossistema e influenciar positivamente a qualidade da água, através, por exemplo, da filtração que efetuam da mesma.

No ano passado, foi efetuada pela primeira vez, com sucesso, a reprodução deste bivalve de água doce que se encontra ameaçado de extinção em Portugal, devido ao desaparecimento das populações de peixes hospedeiros, à existência de poluição orgânica das águas, à modificação dos cursos de água com deposição de detritos no leito e à construção barragens e açudes.Redação Gazeta da Beira

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *