Ciência viva na Vila de Couto de Esteves

“Ciência Viva no Verão” é um programa promovido pela Agência Nacional para a Cultura Científica e Tecnológica que pretende aproximar, em parceria com instituições científicas prestigiadas, museus, universidades, centros de ciência, escolas, autarquias, associações e empresas, a ciência do público em geral.

Ao todo, 125 entidades de todo o país participam na iniciativa com mais de 1600 atividades gratuitas, destinadas a toda a família, sobre temáticas tão diversas como a astronomia, biologia, geologia, engenharia ou castelos e faróis.

Nesta 19.ª edição, que recebeu cerca de 20 mil inscrições, o concelho de Sever do Vouga foi contemplado com duas dessas ações que, à semelhança dos anos anteriores, decorreram na vila e freguesia de Couto de Esteves.

Na primeira, realizada no dia 9 de agosto, a Associação Cultural e Social de Couto de Esteves e a Associação de Física da Universidade de Aveiro (FISUA) promoveram uma noite de “Astronomia com a FISUA | Couto de Esteves”, orientada pelos astrónomos e divulgadores José Augusto Matos, um fantástico comunicador, e Emanuel Santos. Infelizmente a muita nebulosidade que se fez sentir nessa noite impediu a observação da Lua, pelo que a prevista deslocação até ao lugar do Coval teve de ser cancelada. De qualquer modo, as mais de três dezenas de curiosos que fizeram questão de estar presentes não deram o seu tempo por mal empregue, pois tiveram a oportunidade de assistir a uma fabulosa palestra, na Casa da Cultura, intitulada “Os vizinhos da Terra”.

Semanas depois, a 26 de agosto, teve lugar a segunda ação, com o título “Couto de Esteves – Património Natural e Histórico-Cultural”. Promovida pelo Departamento de Biologia da Universidade de Aveiro, em articulação com a Associação Cultural e Social de Couto de Esteves e com a Liga dos Amigos e Naturais de Couto Esteves, esta atividade contou com cerca de três dezenas de participantes de todas as idades, oriundos dos distritos de Aveiro e do Porto, que tiveram oportunidade de conhecer o fabuloso património natural e histórico-cultural desta aprazível vila situada no coração do vale do Vouga.

Conduzida pelas biólogas Rosa Pinho e Milene Matos, investigadoras da Universidade de Aveiro, e pelo historiador Mário Silva, professor do Agrupamento de Escolas de Sever do Vouga, a “embaixada científica” percorreu os trilhos da Pedra Moura (manhã) e dos Amiais (tarde), descobrindo não só a flora, a fauna e algumas das linhas de água (rio Gresso e Ribeira de Catives) das “Terras de Santo Estêvão”, cuja situação biogeográfica potencia a biodiversidade, mas também um património edificado único (antigos paços do concelho, pelourinho, igreja matriz, cruzeiros, anta da Cerqueira, alminhas e Casa da Fonte).

Terminada a visita, o grupo partiu em direção à “Veneza Portuguesa” levando consigo uma marca de indelével saudade e profunda amizade, quer da parte de quem partiu, quer da parte de quem ficou…

Redação Gazeta da Beira