Banda Marcial Ribeiradiense, respira juventude 125 anos depois

Coletividade tem consigo renovar-se de geração e geração

A Banda Marcial Ribeiradiense celebrou, no último fim de semana de agosto, 125 anos. Uma idade que não é para todos. A coletividade tem sabido passar o saber da música de geração em geração. Tanto tempo depois, continua jovem e com o futuro garantido. Em entrevista à Gazeta da Beira, o Presidente da Direção, Filipe Nogueira revela-nos a receita do sucesso.

11220061_1122828241079345_6388201891015222582_nÉ rara a coletividade que se pode orgulhar de tantos anos de vida. Ciente disso, foi com grande entusiasmo que a Banda Marcial Ribeiradiense festejou mais um aniversário, nos dias 29 e 30 de agosto. “Esta é já uma idade invulgar, foi por isso celebrada com muita emoção”, justifica Filipe Nogueira.

Marcha inédita para assinalar a fundação da Banda

Do programa destaque para a homenagem a músicos e diretores falecidos e às atuações da Banda Marcial Ribeiradiense, Banda Filarmónica Severense e Estudantina Universitária de Viseu. Um dos momentos altos foi a apresentação inédita da marcha “1890”, uma homenagem à data de fundação da Marcial Ribeiradiense. A marcha é da autoria de Luís Serra.

“Motiva-nos criar novos músicos”

A comunidade aderiu em peso. Centenas marcaram presença nas comemorações. Uma prova que as gentes da região têm um carinho especial por uma banda que já ensinou a arte da música a centenas de pessoas. Uma missão que continua bem viva e que garante um futuro promissor. Numa renovação constante, atualmente, a Banda conta com mais de 50 elementos. Como defende o Presidente da Direção, “a Banda, apesar dos seus 125 anos, conseguiu preservar a sua juventude. O passado e o presente dão-nos alicerces para que no futuro possamos ter voos ainda mais altos”.

Na escola de música, atualmente estão 30 alunos. Só este ano entraram mais sete jovens. A mais nova tem apenas 9 anos. “Motiva-nos criar novos músicos, que depois de apreender possam integrar a nossa Banda. Para além de os educarmos como músicos, temos sempre como prioridade, ajudá-los a crescer como seres sociais”, explica o dirigente.

Ensino totalmente gratuito

Aqui, na Banda Marcial Ribeiradiense, o lema é “integrar toda a gente”, uma verdadeira família aberta à região. “Sempre foi nosso objetivos não nos fecharmos na freguesia. Sempre tivemos um sentido de região. Um terço são da freguesia vizinha de Arcozelo das Maias, há também muitos elementos de Cedrim, já do concelho de Sever do Vouga”.

O ensino é totalmente gratuito, mas a Banda Marcial Ribeiradiense não fica por aqui. “Vamos buscar e levar os alunos a suas casas, os pais podem ficar descansados”. Para além disso, quem queira prosseguir os seus estudos na área da música, pode seguir para o conservatório de Águeda e conta com o apoio da Marcial Ribeiradiense. Neste momento, vamos três vezes por semana levar alunos ao conservatório de Águeda, também não cobramos nada por este serviço.

Tudo isto resumido no slogan que acompanhou as comemorações da coletividade. “Banda Marcial Ribeiradiense, 125 anos ao serviço da cultura, da música e do desenvolvimento social.”

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *