André Matias defende que a escala para o transporte de doentes urgentes deve ser revista

Bombeiros de Santa Cruz da Trapa não gostaram das críticas e respondem

André Matias defendeu na última Assembleia Municipal, que ocorreu recentemente em Vila Maior, que a escala para o transporte de doentes urgentes do Centro de Saúde de S. Pedro do Sul para o hospital distrital devia ser revista. O deputado municipal teme que os doentes sejam prejudicados, quando o transporte está a cargo da corporação de Santa Cruz da Trapa, pela distância entre a vila e S. Pedro do Sul.

“Aquela diferença de 10, 15, 20 minutos pode ser determinantes para os utentes”, defendeu e, nesta sequência, sugeriu que “a Corporação de Santa Cruz da Trapa seja removida dessa escala, mas se encontre uma forma de compensação daquela corporação perante as restantes”. Assim, o socialista propôs a marcação de uma reunião entre a Câmara Municipal e as três corporações dos bombeiros do concelho.

Luís Teixeira não concorda com a solução, como defendeu, se os Bombeiros de Santa Cruz da Trapa ficarem fora da escala, a corporação ficará sem meios de financiamento. Em alternativa, o presidente da Junta da freguesia propôs que, por exemplo, na semana da responsabilidade dos Bombeiros da vila, estes podiam ter uma ambulância de prevenção à porta do Centro de Saúde. André Matias gostou da ideia. A proposta de reunião foi a votação e foi aprovada com duas abstenções.

Bombeiros de Santa Cruz da Trapa não gostaram e respondem aos deputados

A Direção da Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Santa Cruz da Trapa (AHBVSCT) não gostou do que ouviu e não tardou em reagir em comunicado. A associação humanitária considera que o assunto não foi discutido em sede própria e que as críticas do deputado socialista estão descontextualizadas. “As condições e disciplina de prestação de tal cuidado de saúde em que a AHBVSCT, em rigorosa igualdade, segundo uma escala de rotação semanal, com as outras associações de bombeiros voluntários envolvidas, têm, e sempre tiveram, o enquadramento e aprovação do Agrupamento de Centros de Saúde Dão Lafões II”, defendeu a direção.

No mesmo documento acrescentam, ainda, que “até à presente data, não tem a Direção da conhecimento de qualquer observação ou crítica por parte de qualquer entidade (designadamente, por parte da ACES Dão Lafões II ou do CSSPS), relativamente a alguma falha não justificada na prontidão, segurança ou qualidade com que a AHBVSCT, segundo as condições e disciplina referidas tem vindo a prestar tal cuidado de saúde”, resumiu.Redação Gazeta da Beira

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *