Última Assembleia Municipal do Mandato em S. Pedro do Sul

10/10/2013 (Ed. 640)

Última Assembleia Municipal do Mandato em São Pedro do Sul

Patrícia Fernandes

Conselhos para o futuro mandato e reflexões sobre o que agora termina foram os principais temas que marcaram a Assembleia Municipal de São Pedro do Sul, realizada no passado dia 30 de setembro. No rescaldo das autárquicas da véspera, a Assembleia Municipal procurou arrumar a casa e passar a pasta aos recém-eleitos.

Nesta que é a última sessão deste mandato, Rui Costa, atual deputado do Bloco de Esquerda, força política que perdeu nestas eleições o lugar na assembleia, apelou à dignificação do papel da assembleia que, nas suas palavras, não pode operar como uma “caixa-de-ressonância “da maioria municipal. O deputado fez um balanço positivo da participação do BE neste mandato que, como refere, “Sozinho fez mais propostas que as outras forças políticas com acento juntas” O deputado garante que a o Bloco de Esquerda vai continuar ativo, através da participação cívica que, como refere, “não se esgota nos atos eleitorais”.

Já Mário Almeida, apesar de não esconder a mágoa do partido a nível nacional, que extingui cinco freguesias no concelho, fez um balanço positivo dos 12 anos em que o PSD esteve no executivo de São Pedro do Sul. O deputado garantiu que os sucessores não têm desculpas para não cumprir as promessas eleitorais. Como refere, “o município tem contas controladas, dívidas consolidadas e está ainda muito longe dos limites de endividamento imposto pela lei”. Acrescentando ainda que “esta nova equipa tem muita margem para fazer obra e melhorar a vida dos são pedrenses”.

Ângela Guimarães, por sua vez, teceu fortes críticas ao último mandato. Como referiu, ”a maioria das propostas da oposição, por mais interessantes que fossem não tiveram acolhimento, batiam contra um grupo parlamentar maioritário, dominado por interesses partidários”. A deputada do PS “acredita que São Pedro do Sul tem que crescer em termos de participação cívica e democrática”, como salienta, o público foi muito pouco às assembleias e, o pouco que queria participar debateu-se com uma audiência cansada com vontade de sair, que dedicava pouco tempo às intervenções dos cidadãos.

António Figueiredo, na sua última sessão como presidente da câmara, voltou a criticar a limitação de mandatos. Como refere, “ a limitação à democracia só se passa com quem é eleito diretamente”.

Na última parte da sessão, onde é dada voz aos cidadãos, importa, ainda reforçar a intervenção de João Oliveira que sugeriu que uma rua na freguesia de Sul, fosse baptizada com o nome do professor Joaquim da Silva Medes, o que, como refere, tendo em “conta as circunstâncias da sua morte, em luta pelo bem comum, é uma justa e merecida homenagem”.