A BURRO DEPENDÊNCIA

Paulo Quintela

Ed649_Quintela-PodasRadicaisA “burro dependência” é a expressão com que defino a situação política nacional. Poderão alguns considerar-me repetitivo, quando caracterizo a classe política dirigente que nos devaneou o possível futuro sorridente. Efectivamente, quem está no poder é a geração das passagens administrativas do PREC, associado aos maus costumes dos filhos da burguesia endinheirada dos calhaus do Maio de 68 e os Jotas cujas carreiras profissionais são nulas, só ocuparam lugares de nomeações políticas, nestes viras com D (dê) ou sem D (dê).

Ao longo destas ultimas décadas, temos assistido ao desmantelamento de todas as estruturas do Estado que foi gerido por portugueses. O PSD e PS têm destruído a generalidade das funções dos Ministérios, exceptuando os Ministérios de Economia e Finanças, pois funcionam como polícia de perseguição política, com a prática constante da tortura fiscal e as suas demais variantes. Sobre a qual, a justiça é termo muito vago.

Em relação a outros organismos (do resto do Estado), propaga-se a epidemia da inoperância e da incompetência, pois, passou a hábito, as suas chefias serem ocupadas por desempregados eleitorais do PSD ou PS, em cujos organismos do qual, não fazem parte do quadro. Mais ainda, nunca prestaram qualquer prova pública para exercer a chefatura, nem tão pouco, habitualmente, têm qualquer formação académica ou técnica para tal.

E depois, os seus habituais voto dependentes têm a mania de propagandearem que os funcionários públicos não fazem nada… que para serem servidores do Estado estiveram sujeitos a prestar provas em concursos nacionais, estágios de normalmente dois anos, subidas de carreira, com muitas provas dadas e muitíssimo tempo de paciência, pois, se estivessem na privada, como bons patrões, estariam optimamente reconhecidos.

Cumpri o meu Serviço Militar obrigatório há mais de 30 anos…nunca me lembro de, nessa altura, nenhum mancebo ter sido promovido a General… ou que fossem empresas privadas a dar-nos a recruta…

Enfim…sem falar nessas sanguessugas intituladas PPP´s, impunes à corrupção, que foram corajosamente denunciadas por Paulo Morais, numa conferência organizada pelo “Palavrares”, nas Termas de São Pedro do Sul e que pode ser visionado na internet (youtube: palavrares sps), a qual, aconselho vivamente.

Apesar de se ter votado, em referendo, contra a regionalização (que não era sinónimo de descentralização), efectivamente, o que tem acontecido é a destruição das funções básicas das organizações do Estado para as Autarquias que são, infelizmente, as bases piramidais das estruturas hierárquicas despóticas do PSD e do PS, nas quais, muitas vezes, se confunde se é a Câmara Municipal ou se é a sede de partido.

E o principal sintoma de avaliação do nível cultural de uma localidade é a forma como protegem o património e os espaços verdes…infelizmente assistimos à destruição do património e a decapitação das árvores. Prova disso é que, quando são alertados sobre o erro, pior fazem.

As “podas camarárias” são exemplo disso… é lhes dados pareceres de Engenheiros Silvicultores, Arquitectos Paisagistas, Biólogos, directores dos cursos de Engenharia Florestal, nos quais lhes é demonstrado cientificamente que determinado acto nunca se deve fazer a uma Árvore, ou seja, por outras palavras, aproximar a sua morte , na medida em que, as capacidades de resistência se alteram conforme as espécies, etc.

Assim é na base como será no topo?! Tantos anos a alertar sobre o mesmo…

Não sabem, ignorantes, incompetentes e que se negam a mudar.

O vandalismo autárquico continua… do mesmo modo. Há tratamento para recuperação dos dependentes de diversos males, que se recordem também, piedosamente destes… dos “burro dependentes”!!!

A atitude do deixa lá, resulta na situação em que o país está.Redação Gazeta da Beira

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