Vouzela e S. Pedro do Sul já candidataram a nova ETAR a fundos comunitários

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Investimento é superior a 4,5 milhões de euros

Vouzela e S. Pedro do Sul já candidataram a nova ETAR a fundos comunitários

Mais um passo dado para a concretização da nova ETAR (Estação de Tratamento de Águas Residuais) de Valgode. Um projeto intermunicipal que une os municípios de Vouzela e S. Pedro do Sul. Há vários meses que alguns técnicos estão a trabalhar no projeto. Agora, no passado dia 29 de dezembro, no salão Nobre do Município de S. Pedro do Sul foi apresentado o estudo, pelo projetista Saldanha Matos, da empresa “Hidra”. Vouzela e S. Pedro já apresentaram a candidatura, que quer resolver problemas graves de saneamentos nos dois concelhos. Ambos estão confiantes na aprovação.

A nova ETAR já foi candidatada a fundos comunitários. Um investimento superior a 4, 5 milhões de euros que espera um financiamento na ordem dos 85%. O restante vai ser suportado pelas autarquias. A obra visa a ampliação e renovação da infraestrutura já existente e, ainda, o prolongamento dos emissários para, desse modo, poder servir uma maior percentagem da população.

Em S. Pedro do Sul está previsto que a nova ETAR venha a abranger as freguesias de S. Pedro do Sul, Várzea, Baiões, Serrazes, Bordonhos e parte de Pinho. Já em Vouzela deve cobrir o saneamento das áreas envolventes da vila de Vouzela, mas também todas as freguesias que ainda não estão asseguradas, tais como Paços de Vilharigues, Fataunços e Ventosa.

Os dois municípios assumem a importância desta obra que objetiva resolver os principais problemas de saneamento dos dois concelhos. Recorde-se que ambos os municípios têm níveis de saneamento muito baixos. Na condição atual a ETAR chega a cerca de 7500 casas. Este investimento, visa dobrar o número. A nova ETAR Intermunicipal deve chegar, numa primeira fase, a 40% da população sampedrense e a 30% da vouzelense.

Esta obra também traz boas notícias relativamente à fatura da eletricidade. A nova ETAR vai, também, melhorar significativamente a eficácia energética.

Confiança na aprovação

Os dois municípios mostram-se confiantes na aprovação da candidatura. Para além de ser um projeto intermunicipal, o que majora a candidatura; e de se tratar de uma obra prioritária, se consideramos os parâmetros do novo quadro comunitário de apoio que valoriza as questões ambientais; o próprio Estado convidou os municípios a avançar com este investimento.

Nova ETAR só em 2018

Se tudo correr bem, a nova ETAR deve entrar em funcionamento em 2018. Se a candidatura for aprovada os municípios acreditam que a obra tem condições de avançar já no próximo ano, em 2016. Já as obras, prevê-se que devem demorar cerca de dois anos.

Agravamento na fatura do saneamento

Devidos aos encargos com este investimento, superior a 4,5 milhões de euros, a taxa do saneamento pode vir a aumentar, em 2018, altura em que a nova infraestrutura deve entrar em funcionamento. Um aumento na fatura que pode atingir 20% relativamente aos valores atuais.

Uma ETAR em fim de vida

A ETAR de Valgode há muito que está obsoleta e reivindica novas estruturas. À dificuldade de poder adquirir novas peças, junta-se o facto de, a curto prazo, poder voltar a descarregar diretamente para o rio. Um crime ambiental punido com multas diárias que rondam os 80 mil euros.

Castro Daire também vai ter uma nova ETAR

Ainda este ano, 2015, em Castro Daire, devem arrancar as obras da nova ETAR, localizada em Arinho. Uma obra importante para o concelho que já está aprovada. Um investimento na ordem dos 5 milhões e 80 euros que vais ser comparticipada em cerca de 85%.

Em comunicado, Fernando Carneiro, diz que esta obra, que deve servir cerca de nove mil habitantes, é “prioritária para Castro Daire”. Como refere, “vem resolver um grave problema ambiental, que se arrasta há muitos anos, e substitui a desatualizada ETAR da Ponte Pedrinha e as fossas das povoações de Folgosa, Farejinhas, Lamelas, Custilhão e Mortolgos”. Recorde-se que tanto a população com algumas associações ambientais criticavam a velha ETAR da Ponte da Pedrinha, cujas descargas têm vindo a prejudicar os ecossistemas do Rio Paiva.Redação Gazeta da Beira