Paços de Vilharigues festejou a padroeira Santa Marinha

No passado fim de semana, entre os dias 21 e 23 de julho, tiveram lugar as festas em honra de Santa Marinha, padroeira de Paços de Vilharigues, que incluíram cerimónias religiosas com procissão e missa, no domingo, e a festa popular no largo perto da Escola Primária que começou logo na sexta-feira à noite.

Durante toda a manhã de domingo ouviram-se os sinos que anunciavam a festa que decorreu no largo da Igreja, com muita afluência, e a chamada para procissão que foi acompanhada pelos acordes da prestigiada Banda de Paços de Vilharigues. Vários andores com as imagens dos Santos compuseram a procissão, com particular destaque para o da bela imagem da mártir católica Santa Marinha.

O arraial da festa popular, sempre com petiscos, foi animado na primeira noite com o grupo “Irmãos Coragem & Companhia”, no sábado com a já habitual “Banda GPS” e no domingo à tarde com um concerto da Banda da Sociedade Musical Cultura e Recreio de Paços de Vilharigues e atuações do grupo etnográfico “Tricanas de Vildemoinhos” e do Rancho de Vilar – S. Miguel do Mato.

Ao contrário de outros Santos, não é frequente encontrarem-se terras que tenham como padroeira Santa Marinha. A história da vida de Marinha foi preservada misturando factos e ficção. Teria nascido no ano de 119, século II, em Bracara Augusta (Braga), filha de Lúcio Severo, o governador romano, e da sua mulher Cálcia. Terá dado à luz nove filhas num só parto, enquanto o seu marido estava fora da cidade. Com medo de ser acusada de infidelidade, pois acreditava-se que os nascimentos múltiplos eram devido a infidelidade, Cálcia entregou as meninas à sua criada Cita, dando-lhe ordens para que as afogasse no rio.

Cita era cristã, apesar de não o revelar, e não obedeceu à ordem da patroa. Deixou as meninas aos cuidados de famílias cristãs que ela conhecia. As meninas foram batizadas pelo bispo Ovídio de Braga, e foram educadas como cristãs numa época do Império Romano onde esta religião era perseguida.

Quando cresceram, foram acusadas de serem cristãs e levadas ao governador que, quando percebeu que elas eram as suas filhas, quis que abandonassem o cristianismo, prometendo-lhes uma vida cheia de regalias. Elas recusaram e foram presas. Conseguiram fugir, mas todas foram apanhadas e mortas. Marinha foi decapitada a 18 de janeiro de 139 em Águas Santas, em Allariz, na Galiza.

27/07/2023


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